Villarreal – Sparta de Praga (Liga Europa)
O El Madrigal vai encher para a primeira mão dos quartos de final da Liga Europa. O Villarreal está a fazer uma grande temporada. Quarto classificado na Liga Espanhola e uma campanha forte na Liga Europa, onde ainda não sofreu um único golo em casa. O objetivo para este primeiro jogo é mesmo esse, ganhar vantagem sem conceder golos. Mas o Sparta de Praga, o primeiro clube checo a chegar a esta etapa de uma prova europeia em catorze anos, também tem o seu sonho. E é preciso não esquecer que nas duas últimas eliminatórias marcou três golos por jogo, quando na posição de visitante.
O Villarreal foi finalista em 2011 – eliminado pelo FC Porto, que venceria o troféu numa final cem por cento portuguesa, frente ao Braga – e na temporada passada foi afastado nos oitavos de final pelo Sevilla, que viria a sagrar-se campeão da Liga Europa pelo segundo ano consecutivo. O Submarino Amarelo está confiante de que à terceira será de vez e quer muito chegar longe na prova. Não faltam motivos para esta onda de esperança. A equipa orientada por Marcelino Toral está a fazer uma grande temporada. É quarto classificado em Espanha, já com uma boa margem de segurança (oito pontos) para o mais direto perseguidor, o Celta, e está nos quartos de final da competição europeia. O El Madrigal tem sido um forte para a equipa ao longo da época e na Liga Europa o Submarino mantém, até agora, as redes invioladas a jogar por lá.
Nos dezasseis avos de final o obstáculo foi o Nápoles mas o clube espanhol não pestanejou. Venceu o jogo caseiro (1-0) e foi ao San Paolo, na segunda mão, garantir um empate com golos (1-1). Na ronda seguinte manteve-se o nível de exigência mas o desfecho foi o mesmo. O Bayer Leverkusen sofreu dois golos sem resposta no El Madrigal e não foi além de uma igualdade a zeros na Bay Arena.
Desde o último jogo da eliminatória europeia anterior, o Villarreal impôs um empate em casa (2-2) ao Barcelona e foi vencer o Eibar a Ipúrua (1-2), no fim de semana. Marcelino não pode contar com Jonathan dos Santos Musacchio e Bonera, lesionados, nem com Rukavina, castigado.
Onze Provável: Areóla – Mario Gaspar, Baily, Victor Ruíz, Adrián Marín – Denis Suárez, Pina, Soriano, Trigueros – Bakambu, Soldado.
Há catorze anos que uma clube checo não atingia uns quartos de final de uma competição europeia. Foi essa a marca que o Sparta de Praga já quebrou. Mesmo sabendo que o clube espanhol é favorito, até por estar mais habituado a estas andanças, a equipa da capital checa não perde a ambição. O Sparta ainda não perdeu nesta edição da Liga Europa, o que é um feito a todos os títulos notável, e em chegando às fases a eliminar não baixou a fasquia, bem pelo contrário. Nos dezasseis avos teve como adversário o FK Krasnodar e venceu as duas mãos (1-0 em Praga e 0-3 na Ucrânia). Na eliminatória seguinte teve pela frente os italianos da Lazio e carimbou a passagem com um triunfo por três a zero em Roma (tinha empata do um em casa). Não sei se reparam na coincidência: nos dois últimos jogos fora os checos marcaram três golos por encontro, sem consentir nenhum.
O Sparta de Praga é segundo na Liga Checa, nove pontos atrás do Plzen.
Onze Provável: Bicik – Marecek, Brabec, Nhamoinesu, Frydeck – Jirácek, Vacha – Fatai, Dockal, Krejci – Lafata.
Os dois clubes nunca se defrontaram mas o Villarreal tem um historial positivo frente a equipas checas. A última que encontrou foi o Plzen, na fase de grupos da Liga Europa, e conseguiu um empate a três na República Checa e uma vitória pela margem mínima no El Madrigal (1-0).
