Liga Espanhola – A apenas uma jornada do final da primeira volta, está bem claro quem luta pelo quê na Liga Espanhola. São pequenos grupos que lutam pelos seus objetivos, como se, em lugar de um campeonato com 20 equipas, estivéssemos perante uma série de competições que se cruzam. Na linha da frente, Barcelona e Real Madrid, velhos rivais dos últimos anos, já aprenderam a lidar com a presença do Atlético de Madrid, que veio mesmo para a luta pelo título para ficar.
Com cinco pontos de vantagem sobre o Real Madrid, culés e colchoneros terão bem noção de que não há espaço algum para permitir veleidades. Mais uma vez, a Liga Espanhola será disputada ao milímetro, não agora por duas, mas por três equipas. O Barcelona sobreviveu com distinção à ausência de Messi e, seja através de Neymar, seja através de Alexis Sánchez ou dos jogadores mais experientes da equipa, como Iniesta, Xavi ou Fàbregas, vai somando vitórias com alguma facilidade na prova. Para o Atlético de Madrid, esta temporada tem sido a do processo de maturação que leva uma equipa a conseguir evitar todas as ondas de incerteza e dúvida, tornando-se numa máquina de vitórias mesmo quando os jogos não lhe correm de feição. De qualquer forma, o talento disponível na equipa do Real Madrid, que pela mudança de treinador e estilo de jogo está ligeiramente atrás desta dupla, mantém-se como uma sombra que poderá, a qualquer momento, aproximar-se também do primeiro lugar.
Barcelona e Atlético de Madrid seguem na dianteira
Numa segunda linha vai discutir-se o acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões e a grande surpresa das últimas semanas é a presença da Real Sociedad, quarto classificado do ano passado, tão perto desse mesmo lugar, depois de um fraco início de temporada. Ao vencerem este fim-de-semana o Athletic de Bilbao, ficaram a apenas um ponto do seu rival, tendo um ponto mais que o Villarreal, verdadeira surpresa da prova, e três pontos mais que o Sevilla. Será, seguramente, entre estes quatro candidatos que se lutará também pela presença nas competições europeias que, dependendo dos resultados na Taça do Rei, poderá completar lugares para todos. A alguma distância vai já estando o Valência que esperará, ainda assim, ter em Pizzi, o seu novo treinador, alguém que injete novas possibilidades num plantel com qualidade, lutando por uma integração tardia neste grupo de muito talento.
A subir!
Uma derrota por 5 a 1 no Santiago Bernabéu pareceu ser o “abrir de olhos” necessário para que a Real Sociedad entrasse na linha. Depois dessa goleada, cinco vitórias consecutivas, a última delas frente a um rival e concorrente, que deixam a Real bem próxima da equipa que, no ano passado, encantou os relvados espanhóis. Joseba Arrasate vai dando passos mais seguros na frente de um grupo que encontrou em Griezmann e Carlos Vela jogadores que compensam muito bem os momentos de ausência dos seus ponta-de-lanças. Com um futebol ainda mais inspirado na velocidade dos extremos, o conjunto de San Sebastián está de volta para tentar repetir uma presença na maior prova de futebol da Europa.
A descer!
Costuma dizer-se que, uma vez chegado ao fundo, não se pode descer mais. Mas, para o Bétis, com apenas um ponto conquistado depois da saída de Pepe Mel há mais de um mês, o apuramento na Taça do Rei soube a muito pouco (e, até aí, permitiu um empate frente ao Lleida). Com o aproximar do início da segunda volta, com jogos complicados na agenda, a equipa sevilhana espera que Juan Carlos Garrido tenha um plano de fuga aos últimos lugares, para que a descida aos infernos não se efetive.
Boas Apostas!
