SC Braga – Benfica (Liga NOS)
Um jogo fundamental para entender o quadro que se montará no acesso ao título e à questão do pódio, com o Sporting de Braga a lutar pela pertença entre os três grandes, algo que começou no discurso do seu Presidente, passou para o do treinador e espera agora que, dentro de campo, os jogadores o consigam adotar. O Benfica, por sua vez, vê nesta partida um encontro fundamental para manter a proximidade para com o Sporting e o FC Porto, tendo que evitar perder pontos numa fase em que a fuga dos da frente poderá tornar-se difícil de reverter. O momento positivo que a equipa vem apresentando poderá ser essencial para levar, do Minho, uma preciosa vitória.
Em termos comunicacionais, este é o jogo escolhido pelo Sporting de Braga para se colocar ao nível dos três grandes. A sucessão de eventos que, ao longo da temporada, têm trazido de Braga ecos de um discurso que pretende contrariar o domínio dos três grandes, plasma-se, finalmente, no terreno de jogo, onde a sua equipa se tem mantido a apenas três pontos do Benfica e do pódio. Existem razões para pensar positivo e para esperar o melhor. O conjunto de Abel Ferreira oferece, ao treinador, opções de bastante qualidade, tendo nomes que, a sair do banco, ajudam a manter, e em alguns casos a melhorar, os jogadores que entram como titulares. Se, neste momento, não pode utilizar dois jogadores importantes na primeira metade da temporada, Fransérgio e Ricardo Ferreira, lesionados, tal como o seu guarda-redes expectavelmente titular, Marafona, a verdade é que os bracarenses apresentam suficientes jogadores para olhar para este jogo com confiança. Depois de uma vitória apertada frente ao Rio Ave, os regressos de Raúl Silva e Ricardo Esgaio vão, com certeza, ajudar. Mas, mais do que isso, poderão permitir à equipa uma organização que surpreenda o Benfica, mesmo sem ter André Horta que, emprestado pelos encarnados, também fica de fora.
Onze Provável: Matheus – Marcelo Goiano, Bruno Viana, Raúl Silva, Jefferson – Nikola Vukcevic, Danilo Silva – Ricardo Esgaio, João Carlos Teixeira, Wilson Eduardo – Paulinho.
O Benfica chega muito motivado dos seus dois últimos jogos. Frente a Sporting e Moreirense, a equipa dominou os acontecimentos, ainda que não tenha somado vitórias em ambos. Frente ao Sporting, perseguiu a desvantagem durante quase todo o jogo, conseguindo, num penálti, somar o empate. O conjunto de Rui Vitória demonstrou ser capaz de empurrar o Sporting para o seu meio-campo, num encontro onde forçou bastante o seu ataque pela faixa esquerda, mas não deixou de demonstrar equilíbrios importantes. Isso foi repetido frente ao Moreirense, num contexto diferente, em que a equipa não teve tanto espaço por fora, apostando na condução interior, com Pizzi a aparecer em maior destaque. Em volta do internacional português reside a questão, no entanto, do seu rendimento no 4-3-3 quando estão em causa jogos frente a uma equipa que impõe maior exigência na partida. As necessidades do onze de Rui Vitória não se coadunam tanto com dois médios de missão tão ofensiva e isso tem levado a algum apagamento do médio português. Uma questão, sobretudo tática, que Rui Vitória terá que tentar resolver. Este é um bom jogo para o conseguir. Luisão e Samaris, lesionados, são ausências, enquanto Fejsa está de regresso.
Onze Provável: Bruno Varela – André Almeida, Rúben Dias, Jardel, Grimaldo – Fejsa – Salvio, Pizzi, Krovinovic, Cervi – Jonas.
Esta época, Braga e Benfica já se defrontaram por duas vezes. O Benfica venceu por 3-1 no encontro da primeira volta, ainda que marcado por enorme disputa da parte dos bracarenses, que foram à Luz empatar em jogo da Taça da Liga.
Em casa, o Braga procura vencer o Benfica e, dessa forma, colar-se no terceiro lugar. Uma missão acessível à equipa de Abel Ferreira, mas os encarnados têm, também, qualidade e momento para escapar, de vez, à ameaça minhota na classificação.
