Real Madrid – Barcelona (Liga BBVA)
Sábado é dia de El Clasico em Espanha, o jogo de campeonato mais televisionado do planeta. Por mais que o futebol enlouqueça jogadores e adeptos é impossível não associar este duelo a questões de segurança, depois do que aconteceu em Paris. No Santiago Bernabéu o Real entrará na sua máxima força.
Depois dos atentados em Paris, no sábado passado, todos os eventos de grade afluência pela Europa fora estão a ser avaliados e El Clasico não escapa a esse escrutínio. O jogo entre Real Madrid e Barcelona foi considerado de alto risco, o que não é novidade, mas é para manter. O que não quer dizer que não esteja a ser montada uma operação de segurança gigantesca e detalhada. Não se pode dizer que seja sem precedentes porque Espanha tem, infelizmente, experiência com ameaças terroristas e depois dos atentados em Atocha muitas operações semelhantes foram levadas a cabo. Só em contingente humano, estão quase dois mil agentes destacados para o Santiago Bernabéu, entre forças policiais e seguranças privados. Serão criados três cordões de segurança em redor do estádio e desde quinta-feira que os cães especializados na deteção de explosivos patrulham o perímetro, não escapando sequer os esgotos da capital espanhola.
Este é o jogo do ano em Espanha – El Clasico é o duelo mais visto pela televisão em todo o mundo – e ninguém vai querer perdê-lo a começar pelos jogadores. A paragem para trabalhos das seleções teve essa vantagem, a de se poder recuperar jogadores lesionados e com fadigas várias. No plantel Merengue não há baixas para El Clasico. James já tinha entrado na última jornada, a partir do banco, e até marcou um golo. Gareth Bale diz-se preparado para a batalha. Sergio Ramos continua a ter aquele ombro preso por arames mas só amarrado é que o vão manter fora das quatro linhas.
Os Merengues sofreram um desaire na última jornada, na deslocação a Sevilla (3-2), que lhe custou a liderança da Liga BBVA. Agora são segundos classificados, a sete do Barça, e com os Colchoneros colados aos calcanhares. Nada que possa ensombrar a campanha do Real Madrid, que conseguiu descolar do PSG no grupo I da Liga dos Campeões, e estava há catorze jogos invencível. O resultado negativo no Sánchez Pizjuán foi o único, até agora, na temporada.
Onze Provável: Navas – Danilo, Ramos, Varane, Marcelo – Modric, Kroos – James Rodríguez, Bale, Cristiano – Benzema.
Estas duas semanas de pausa nas competições de clubes foram uma bênção para o Barcelona. Com um plantel desgastado, vários jogadores lesionados ou no limite das suas forças, esta paragem permitiu recuperar quase todos, à exceção de Rafinha e Douglas, que tinham lesões prolongadas. Ivan Rakitic ainda está a ser reavaliado mas Leo Messi, Iniesta, e todos os outros estão a postos para a deslocação a Madrid.
O clube Blaugrano é líder do campeonato, com vinte e sete pontos, mais três que o Real, e não vai querer voltar a dividir com eles o primeiro lugar.
Os indisponíveis do lado Culé são Rafinha e Douglas. Ivan Rakitic ainda está em dúvida.
Onze Provável: Bravo – Alves, Mathieu, Piqué, Jordi Alba – Iniesta, Mascherano, Busquets – Messi, Suárez, Neymar.
Real Madrid | 3-1 | Barcelona | Liga BBVA 14/15 |
Real Madrid | 3-4 | Barcelona | Liga BBVA 13/14 |
Real Madrid | 2-1 | Barcelona | Liga BBVA 12/13 |
Real Madrid | 1-1 | Barcelona | Taça do Rei 12/13 |
Real Madrid | 2-1 | Barcelona | Supercopa 2012 |
Na era dourada de Guardiola o Barcelona habituou-se a ir ganhar ao Bernabéu, sendo que o triunfo mais marcante foi mesmo o 2-6 em 2009. Mas com a saída do técnico catalão e as mudanças na equipa dos Merengues houve um ressurgimento da equipa branca, pelo menos no seu reduto.