Rayo Vallecano – Atlético de Madrid (Taça do Rei)
Cerca de uma semana após último o compromisso entre si, Rayo Vallecano e Atlético de Madrid voltam a defrontar-se. Vallecas acolhe nova edição do “derby” madrileno num curto espaço de tempo, desta feita relativo à Taça do Rei. Atuais líderes do campeonato espanhol, os “Colchoneros” ambicionam dar continuidade ao bom momento que atravessam.
Paco Jémez é um treinador diferente, que apresenta uma forma de estar no futebol muito peculiar. Treina uma equipa que se destaca pela personalidade e crê que os princípios que transmite à sua equipa devem ser sempre aplicados. Não é um treinador “refém dos resultados”, mas gosta que o seu Rayo pratique um futebol vistoso e vertical. Porém, o desempenho defensivo da equipa tem deixado a desejar. Frontal como de costume, na conferência de imprensa após o encontro diante da Real Sociedad (2-2) teceu duras críticas ao seu trabalho: “A nossa capacidade defensiva não se adequa à primeira liga. Não podemos sofrer golos desta forma. Estivemos duas vezes em vantagem no marcador e não ganhámos. Quantos golos temos que marcar para ganharmos?”, rematou. O tento apontado por Bruma, o segundo da Real Sociedad na partida, coloca a nu as fragilidades exibidas pelo Rayo no processo defensivo. Solto de marcação, o atleta português apareceu na área e finalizou sem qualquer oposição. O emblema madrileno é, de longe, o emblema que mais golos sofre no campeonato espanhol com 41 tentos consentidos quanto estão decorridas 18 jornadas.
A duas mãos, melhorar do ponto de vista defensivo é essencial. O jogo em casa da eliminatória anterior, disputada diante do Getafe, foi uma das poucas ocasiões em que a equipa da capital castelhana não sofreu qualquer golo (2-0). Viajar até ao Vicente Calderón sem qualquer tento consentido seria muito importante, missão que no entanto dificilmente se cumprirá.
Onze Provável: Juan Carlos, Quini, Llorente, Zé Castro, Tito, Trashorras, Baena, Embarba, Pablo Hernández, Bangoura, Guerra
Na conferência de imprensa de antevisão à partida agendada para esta quarta-feira, Diego Simeone considerou que se trata de uma boa oportunidade para promover algumas alterações na equipa, permitindo a introdução de jogadores com menos minutos de jogo e até dos dois reforços de Inverno Augusto Fernández e Matías Kranevitter. O atual modelo competitivo, alvo de crítica por parte de emblemas de menor expressão, permite que os principais conjuntos procedam a este tipo de gestão, uma vez que estão salvaguardados pela realização de uma segunda mão. No caso do Atlético, a conjuntura é ainda mais favorável dado que disputará a decisão diante dos respetivos adeptos, no Vicente Calderón. Na anterior eliminatória, o Atlético de Madrid afastou o Reus com duas vitórias por um resultado agregado de 3-1 (1-2; 1-0).
O último encontro disputado em Vallecas, no penúltimo dia do ano civil de 2015, deixa o Atlético de Madrid em estado de alerta. Afinal, os “Colchoneros” venceram por 0-2 com golos tardios, apontados nos últimos dois minutos da partida. Simeone acredita que a abordagem do Rayo não mudará face aquilo que fez no encontro do campeonato: “Há equipas que têm o seu estilo de jogo bem definido e o Rayo é uma delas. A essência será a mesma, produzirá um futebol ofensivo”.
Onze Provável: Moyà, Gámez, Savic, Lucas Hernández, Siqueira, Thomas, Kranevitter, Augusto Fernández, Ferreira-Carrasco, Angel Correa, Jackson
Perspetivam-se várias alterações na equipa do Atlético. Os “Colchoneros” entrarão na mesma enquanto favoritos à vitória, porém, as mexidas deverão fragilizar o conjunto de Simeone. As casas de apostas atribuem uma quota interessante à possibilidade de o Rayo chegar ao golo.