Paços de Ferreira – Benfica (Liga NOS)
A Mata Real estreia cobertura nova numa das bancadas, naquela que será a maior enchente de sempre do Estádio de Paços de Ferreira, mas serão os adeptos benfiquistas que verão como mais decisivo este encontro. A jogar pelo primeiro lugar na Liga NOS, em vésperas de receber o FC Porto, o Benfica está impedido de errar ou de cometer qualquer deslize. As ambições europeias já lá vão e passar pelo terreno dos castores sem perder pontos é obrigatório. Ainda assim, para os pacenses, este está longe de ser um jogo onde nada há a perder. Com a aproximação, em termos pontuais, das equipas que estão abaixo da linha de água, o Paços de Ferreira não pode respirar sossegado perante a eventualidade da descida. Vasco Seabra sabe que este é o jogo mais difícil para pontuar, mas uma boa impressão é necessária para inverter o ciclo.
São quatro jogos sem perder para o Paços de Ferreira, mas três dele terminando em empates, o que não serve totalmente as intenções dos castores. Os nove pontos de avanço sobre o Nacional da Madeira, equipa que visitou na passada segunda-feira e de onde esteve quase a trazer uma vitória que poderia ter sido decisiva para marcar a diferença para os madeirenses, vão ajudando à respiração, mas a proximidade ainda é algo que afectará a equipa do Paços. Deixar de viver afito é o objectivo de Vasco Seabra, que não conseguiu manter a equipa pacense mais próximo dos lugares da primeira metade da tabela. Marco Baixinho, Mateus, Paulo Henrique e Ricardo falham os encontro devido a problemas físicos, num jogo em que conseguir impedir o golo dos encarnados acabará por ser a principal missão de uma equipa que tenta resistir na Primeira Liga à custa de resiliência.
Onze Provável: Rafael Defendi – Bruno Santos, Pedro Monteiro, Gêgê, Filipe Ferreira – Vasco Rocha, Filipe Melo – Diego Luiz, Pedrinho, R. Valente – Welthon.
O Benfica está com os olhos no jogo que aí vem, no dia 1 de Abril, quando receberá o FC Porto no jogo que, para muitos analistas, poderá ser decisivo para encontrarmos o novo campeão nacional. No entanto, para chegar a esse jogo com vantagem pontual, vai ser necessário vencer em Paços de Ferreira. Assim se entende que não haverá o mínimo espaço para escorregadelas ou falhas, num terreno que habitualmente não é fácil para nenhum dos grandes. Rui Vitória tem sentido algumas dificuldades na gestão do plantel, com a equipa a encontrar problemas onde, antes, parecia caminhar de forma bastante mais descontraída. A principal origem dessas dificuldades centra-se no meio-campo, onde Fejsa ainda está lesionado e Pizzi vai aparecendo um pouco abaixo do que é o necessário para fazer do Benfica, neste modelo, uma equipa eficaz. Filipe Augusto também está ausente por lesão, o mesmo acontecendo com Grimaldo. Mas, num terreno onde será fundamental desbloquear cedo a situação com um golo, Jonas e Mitroglou serão os dois homens chamados à acção, tendo a responsabilidade de marcar cedo e permitir uma aproximação ao jogo da temporada mais tranquila e com vantagem.
Onze Provável: Éderson – Nélson Semedo, Lindelof, Luisão, Eliseu – Samaris, Pizzi – Salvio, Jonas, Carrillo – Mitroglou.
As duas equipas já se defrontaram por duas vezes esta temporada, ambas no Estádio da Luz. Em jogo da Liga NOS venceu por 3-0, enquanto em jogo da Taça da Liga a vitória foi alcançada pela margem mínima, 1-0.
O favoritismo está do lado do Benfica que, ultrapassando a ansiedade do primeiro golo, tem sabido muito bem como gerir vantagens em qualquer terreno nacional.
