O que valem realmente os Washington Wizards? Para começar, com John Wall e Bradley Beal, terão o jogo exterior mais intenso da Conferência Este. John Wall é já, por direito próprio, uma estrela da NBA, reconhecido como tal na última renovação de contrato e comprovando-o época após época. Bradley Beal superou as dúvidas que existiram sobre ele no momento da transição da Universidade para a Liga Profissional, sendo, com apenas 21 anos, um jogador que se vai tornando muito próximo daquilo que Ray Allen se transformou na sua carreira. Com este autêntico ouro jovem no jogo exterior, os Wizards trataram de os proteger com uma equipa onde a experiência é a palavra de ordem.

Paul Pierce foi o último jogador a chegar. Com Pierce na equipa, sobe o nível de experiência e também uma maior participação no jogo ofensivo. Pierce não terá a mesma dinâmica defensiva de Trevor Ariza, o homem que vem substituir, mas é uma adição de valor. Para além dele, chegam ainda DeJuan Blair e Kris Humphries, dois jogadores muito importantes para uma equipa em crescimento, pelo que podem oferecer no capítulo dos ressaltos. Para o jogo interior, há ainda Nenê Hilário e Marcin Gortat, uma dupla de jogadores que se complementa bem e que cria uma espécie de muralha em frente do cesto de Washington. À procura da subida a um outro nível, que poderia passar por tentar tocar uma final de Conferência, a equipa continua a confiar em Randy Wittman, um técnico com anos na estrutura e que tem sido instrumental na evolução dos seus mais jovens jogadores.

O Cinco

John Wall Washington

John Wall preside em DC

John Wall continua a evoluir e pode chegar, este ano, a uma média de 20 pontos e 10 assistências por jogo. Para quem não o soube valorizar, talvez pelo facto dos Washington Wizards não passarem tantas vezes na televisão nacional, é preciso avisar que um dos melhores bases da NBA mora no Distrito Federal.

Bradley Beal tem selo de estrela e na sua segunda temporada de profissional subiu a sua média de lançamento de triplo para cima dos 40%. Sempre que estiver bem fisicamente, será uma arma apontada ao cesto dos adversários.

Paul Pierce vem trazer alguma liderança a uma equipa que tem bem desenhado quem são as estrelas da equipa e quem está no grupo para ajudar. Paul Pierce sabe o que é ajudar e mudou-se para Washington por sentir que aqui poderá ainda almejar a vitórias que talvez lhe tivessem impossibilitadas em Brooklyn. Tem, no entanto, a missão de fazer mais do que conseguiu no ano passado.

Nenê Hilário sente-se, hoje em dia, mais confortável na equipa, pela companhia que tem no jogo interior dos Wizards. Apesar dos problemas físicos que o afetaram nas últimas três temporadas, o brasileiro é um jogador muito sólido e inteligente, capaz de alimentar movimentações interiores e de oferecer à equipa pontos e bolas recuperadas.

Marcin Gortat é um lutador que ambiciona a conquista de respeito pelos analistas da NBA. Apesar de nem sempre ter um estilo ortodoxo, é preciso dizer que o polaco evoluiu imenso desde o dia em que chegou à Liga e é parte integrante do projeto de vitórias que se vai construindo em Washington.

Expetativas

Depois de ter terminado em quinto lugar na Conferência Este o ano passado e ter atingido a segunda ronda do playoff, o objetivo passa por subir mais um degrau, alcançando, no mínimo, a quarta posição da sua conferência e ambicionar uma final. O caminho é esse e o calendário sugere que dentro de dois ou três anos tudo isso será uma certeza.