O investimento do russo Mikhail Prokhorov continua alto para conseguir levar os Nets a serem candidatos a uma presença na final da NBA. O projeto mantém todas as suas qualidades e defeitos. Por um lado, os Nets têm um plantel com muitas opções e com bastante experiência na Liga. No entanto, a idade avançada de algumas das suas peças essenciais acaba por causar problemas e ausências que fragilizam a equipa durante determinados períodos da temporada. Caberá a Lionel Hollins, o novo técnico, fazer a gestão ideal dos seus jogadores, tentando apontar os momentos de forma para os períodos que considerar essenciais para manter os Nets no topo. Hollins é um treinador da velha escola, muito focado na união do grupo e na motivação dos seus jogadores. Recuperar Deron Williams e afinar a performance de jogadores como Brook Lopez ou Joe Johnson estarão entre as suas principais missões.

A equipa viu sair Paul Pierce, que não atingiu o seu melhor nível em Brooklyn e também o fundo da rotação do seu jogo interior, com Andray Blatche e Jason Collins a mudarem de ares. No capítulo das entradas, nota principal para Jarrett Jack, que será uma preciosa ajuda para Deron Williams, permitindo-lhe mais minutos de descanso, enquanto há uma enorme expetativa para perceber o impacto que Bojan Bogdanovic poderá ter na equipa. De resto, não é ele o único jogador que chega da Europa. Jerome Jordan vem de Bolonha e o russo Sergey Karasev, espera ter melhor sorte aqui do que em Cleveland. Tudo isto com a esperança de que as lesões mantenham os Nets, pelo menos, com capacidade de lutar pelos quatro primeiros lugares da Conferência Este.

O Cinco

Deron Williams

Deron Williams tenta catapultar a sua equipa

Deron Williams ainda não atingiu, em Brooklyn, o nível que lhe era reconhecido em Utah, mas para o experiente base, este deverá ser também o seu primeiro ano a 100% fisicamente. Esse facto, junto de opções que o defendem um pouco mais durante o jogo. Jarrett Jack tanto poderá ser o segundo base titular, como acabar por ser eleito para sexto homem da equipa. A sua qualidade de lançador, junto com o ritmo que consegue impor nas partidas tornam-no uma opção muito mais válida do que as existiam no anterior plantel.

Dessa decisão sobre Jack dependerá também a evolução de Joe Johnson. Durante a época passada, foi ele o elo de uma equipa que teve que ultrapassar as muitas ausências por lesão. Continua a ser uma garantia de pontos, apesar de nem sempre ter sido um jogador bem aceite na Liga. Andrei Kirilenko poderá acabar por entrar no cinco, caso Jack comece no banco, oferecendo a sua experiência, mas baixando a intensidade do cinco. Mirza Teletovic e Bojan Bogdanovic terão papéis de lançadores saídos do banco que também os poderá catapultar para uma presença ocasional entre os titulares.

Para o jogo interior, Kevin Garnett arrisca mais uma temporada em que, fisicamente, sabe que pode dar muito pouco à sua equipa. Volta a esperar-se uma época de gestão com utilização concentrada em momentos-chave da temporada. A sua presença no plantel terá como grande ganho para a equipa a ajudar a formar Mason Plumlee para ser uma opção mais consistente.

Consistência é o que procura Brook Lopez, esperando conseguir fazer uma temporada completa sem ser afetado pelas lesões. Se o conseguir, é certo que os Nets poderão tornar-se temíveis debaixo da tabela. Lopez é um jogador que divide a opinião dos analistas mas é inevitável aceitar que torna a sua equipa muito melhor quando está bem fisicamente.

Expetativas

Num plano de perfeição, sem lesões a afetar o plantel e com uma gestão a acertar plenamente, os Nets poderão estar no Top 4 da Conferência Este. Mas pelo historial de jogadores e do clube, isso parece perto do impossível. Miami, Chicago, Cleveland estão um passo adiante dos Nets, que terão que lutar mano a mano com Toronto, Washington e Indiana pela sua posição final. Lionel Hollins tem toda a pressão sobre si.