No grupo H da zona UEFA de qualificação para o Mundial 2018, a Bélgica é a única seleção que se pode gabar de ter marcado presença na última edição do campeonato da Europa. No que diz respeito a campeonatos do mundo, a seleção da Bósnia, principal concorrente dos belgas, marcou presença no Brasil, em 2014. Num grupo que se adivinha dominado por Bélgica e Bósnia, a Grécia quer dar sinais de vitalidade e intrometer-se na luta pelo apuramento.

BélgicaA “geração de ouro” da Bélgica continua a ficar um tanto ou quanto aquém das expectativas. Em França, o conjunto flamenco caiu nos quartos-de-final às mãos do País de Gales, culminar de um percurso que não esteve em simbiose com o valor que é unanimemente reconhecido a esta equipa. Conhecida pelos êxitos que tem acumulado nas fases de qualificação para os últimos grandes torneios, a seleção belga quer mais uma oportunidade para mostrar ao mundo todas as qualidades que lhe são reconhecidas, desta feita na Rússia. Depois de Brasil em 2014 e França em 2016, o campeonato do mundo de 2018 poderá ser a derradeira oportunidade para imortalizar este conjunto de jogadores. Para o cargo de seleccionador, a federação belga fez uma escolha, no mínimo, interessante. Roberto Martínez, ex-treinador do Everton, assumiu o cargo deixado por Marc Wilmots, treinador que pediu a demissão depois do Euro 2016. De resto, os seleccionáveis Kevin Mirallas e Romelu Lukaku são velhos conhecidos do técnicos que os orientou em Goodison Park.

O “play-off” de acesso à fase final de qualquer competição costuma ser um Cabo das Tormentas para a seleção da Bósnia. A qualificação para o Euro 2016 não foi excepção e os bósnios foram ultrapassados pela República da Irlanda “ao sprint”, falhando a presença na fase final de uma grande competição depois de ter estado no Mundial 2014. Não obstante, o poderio desta seleção não pode ser subestimado e os nomes que a compõem falam por si só. Equipa que continuará a contar com vários elementos experientes nesta campanha com destino à Rússia, a Bósnia está inserida num contexto a partir do qual tem todas as condições para seguir em frente, embora a Bélgica seja a principal candidata a terminar o grupo H na primeira posição.

Estónia, Chipre e Gibraltar não denotam grandes argumentos na luta pelo acesso à fase final, mas a situação da seleção grega é diferente. A campeã da Europa em 2004 tem trilhado um longa travessia no deserto, arredada das fases finais de grandes competições e submetida a resultados constrangedores frente a seleções de muito menor valia como as Ilhas Faroé, na campanha que determinou os apurados para o Euro 2016. A seleção grega possui jogadores interessantes e procura ganhar novo fôlego sob a égide do alemão Michael Skibbe, embora parta atrás de Bélgica e Bósnia na luta pelo apuramento. Tem legitimidade para almejar a presença na Rússia, mas primeiro terá que prevenir surpresas frente aos vizinhos cipriotas, à Estónia e à muito humilde seleção de Gibraltar.

Boas Apostas!