Alemanha – Argentina (Mundial 2014)
Não sendo a final mais desejada, este é o encontro entre as duas equipas que melhor souberam interpretar as necessidades de um Mundial. Para o conjunto alemão, este é o culminar de um processo que Joachim Low liderou, o de preparar uma geração para ser campeã do mundo demonstrando um total domínio dos seus principais adversários. Já no caso da Argentina, é uma nova oportunidade que Messi tem para se colocar ao lado de Maradona no topo do futebol do país das pampas. Entre estas duas possibilidades, o favoritismo está do lado dos alemães, que poderão vir a ser a primeira equipa europeia a conquistar um título em terras americanas. Obviamente que o 7-1 da meia-final ajudará a essa perceção de favoritismo, mas Thomas Muller e companhia terão que demonstrar no relvado essa sua condição.
Não restou muito a dizer da Alemanha no jogo da meia-final frente ao Brasil. Aquilo que alguns consideram ter sido fruto de uma desconcentração momentânea da equipa canarinha foi, na verdade, a consequência de um excelente plano de jogo de Joachim Low, que soube tocar em todas as fragilidades do seu adversário. No caso da alviceleste, o técnico tentará, também, encontrar espaços de progressão para os seus avançados. Klose oferece uma referência de qualidade entre os centrais, essencial para que as movimentações de Ozil e Muller criem os desequilíbrios esperados. Por outro lado, o meio-campo onde Schweinsteiger e Khedira protegem as costas (e a criatividade em força) de Toni Kroos, parece transformar-se numa máquina de subjugar adversários. Defensivamente, a presença de Lahm oferece profundidade, enquanto Boateng e Hummels seguem como dois dos mais fortes centrais da prova. Na baliza, Neuer cumpre na perfeição. Mustafi é o único jogador ausente, por lesão, numa equipa que se estende no relvado como um pensamento lógico perfeito daquilo que é o futebol.
Onze provável: Neuer – Lahm, Hummels, Boateng, Howedes – Kroos, Schweisteiger, Khedira – Muller, Klose, Ozil.
Na Argentina, a grande dúvida mantém-se sobre a utilização, ou não, de Di Maria. O jogador do Real Madrid é uma peça fundamental na transição da equipa e, sem ele, tudo parece ser mais lento e calculado. Esse pendor, com Enzo Pérez em campo, serviu no confronto com a Holanda e poderá voltar a ter efeito no jogo desta final, onde o povoamento do meio-campo e a leitura entre-linhas poderão vir a revelar-se essenciais no resultado final. Por outro lado, ter Di Maria oferece sempre uma enorme mais-valia para quem espera chegar aos golos. A entrada de Biglia para o lugar de Gago também ofereceu maior resistência, elevando o papel de Mascherano na gestão defensiva, onde Garay e Demichelis cumprem bem o seu papel no corredor central, enquanto Zabaleta e Rojo continuam a oferecer qualidade nas faixas. Messi precisa de ser capaz de aparecer mais em jogo, mesmo que se saiba que uma só jogada pode ser decisiva para fechar o resultado. Higuain, Palacios, Lavezzi ou, mesmo, Aguero, poderão vir a ter, também, um papel fundamental na chegada ao golo nesta partida.
Onze provável: Romero – Zabaleta, Garay, Dimichelis, Marcos Rojo – Biglia, Mascherano – Di Maria, Messi, Lavezzi – Higuaín.
Há quatro anos, a Alemanha afastou a Argentina, nos quartos-de-final, com uma vitória por 4-0. Aliás, a única vez que os argentinos bateram os alemães foi numa final de Mundial, em 1986, com Maradona a liderar os alvicelestes. No entanto, na memória, estará ainda a final de 1990, com os germânicos a clamarem por vingança.
Alemanha | 1-3 | Argentina | Amigáveis 2012 |
Argentina | 0-4 | Alemanha | África do Sul 2010 |
Alemanha | 0-1 | Argentina | Amigáveis 2010 |
Alemanha | 1-1 (4-2)g.p. | Argentina | Alemanha 2006 |
Argentina | 2-2 | Alemanha | Confederações 2005 |
Alemanha | 2-2 | Argentina | Amigáveis 2005 |
Alemanha | 0-1 | Argentina | Jogos Amigáveis 2002 |
Desta feita, a Alemanha entra como favorita, mas Sabella já mostrou ser um técnico capaz de pensar primeiro em termos defensivos, anulando dessa forma a capacidade ofensiva dos seus adversários, tal como fez com a Holanda. Algo que não terá, ainda assim, tanta facilidade desta feita.
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