Islândia – Finlândia (Mundial 2018)

As duas equipas nórdicas vão tentar começar a desatar o novelo em que se transformou o Grupo I. Todos os jogos da primeira jornada terminaram empatados, o que equivale a dizer que todas as seis equipas estão em pé de igualdade à entrada para o segundo jogo. Depois dos quartos de final no Euro 2016 já ninguém subestima a Islândia e o selecionador finlandês afirma que o feito dos islandeses serve de inspiração para equipas como a sua.

O Grupo I terminou a primeira jornada mais equilibrado do que nunca. Todos os embates resultaram em empates por um bola o que implica que as seis equipas – Islândia, Finlândia, Ucrânia, Turquia, Kosovo e Croácia – continuem em pé de igualdade absoluto. Os islandeses vão tentar escapar a este novelo garantindo um triunfo em casa, diante do seu público entusiasta.

Depois do brilharete no Europeu de França, no qual a equipa nórdica chegou até aos quartos de final, só afastada pela seleção anfitriã, já nenhum adversário comete o erro de subvalorizar a Islândia. O selecionador Heimir Hallgrímsson, que assumiu o comando depois de ter servido como adjunto de Lagerback, tem bem consciência disso. E, com o habitual bom senso dos povos nórdicos quer evitar que a mudança de estatuto mude a mentalidade da equipa nacional e aquilo que ela tem de único. Dentista de profissão, mantém o consultório operacional para tratar alguma paciente habitual ou emergências. E mantém também o hábito que criou de ir ao bar do costume nas vésperas dos encontros em solo islandês. Há quatro anos que o faz, para conversar sobre a seleção e falar de opções táticas. Só que o grupo de frequentadores passou de uma média de quinze para quatrocentas pessoas, que seguem a seleção para todo o lado.

À parte a saída do ex-selecionador sueco, que se reformou, e a chegada de um novo preparador físico germânico, pouco mudou nos estágios da Islândia e todos querem que assim continue. O primeiro compromisso do apuramento europeu para o Mundial de 2018 levou a seleção à Ucrânia. Alfred Finnbogason abriu o marcador logo aos cinco minutos mas Yarmolenko repôs a igualdade para os da casa ainda antes do intervalo. Quem se recorda da prestação dos islandeses no Euro sabe que são muito bons a anular os adversários mas os golos custam bastante a aparecer.

Onze Provável: Halldorsson – Saevarsson, Arnason, Ragnar Sigurdsson, Skulason – Gudmundsson, Gunarsson, Gylfi Sigurdsson, Bjarnason – Finnbogason, Bodvarsson.

Hans Backe admite que a prestação dos islandeses no último Europeu é uma inspiração para equipas como a sua. Se os vizinhos foram capazes de lá chegar e contrariar todos os favoritismos, outras seleções podem ambicionar a mesma oportunidade. O empate em casa no jogo que abriu a qualificação para o Mundial da Rússia foi dececionante para a Finlândia (1-1). Afinal, servir de anfitrião à estreia do Kosovo em partidas competitivas devia render mais do que um ponto e fica a sensação de uma oportunidade desperdiçada. Claro que um jogo com tamanha carga histórica para os kosovares provocou uma invasão da cidade finlandesa de Turku e forneceu uma tremenda motivação à jovem seleção dos Balcãs. Paulus Arajuuri marcou cedo, logo aos dezoito minutos, mas a vantagem magra tornou-se insuficiente quando aos sessenta Valon Berisha fez história ao marcar o primeiro golo do Kosovo em partidas oficiais, de penálti.

Onze Provável: Hradecky – Lam, Arajuuri, Moisander – Halsti – Raitala, Lod, Eremenko, Uronen – Pukki, Pohjanpalo.

Finlândia	0-1	Islândia	Amigáveis 2016
Finlândia	3-0	Islândia	Amigáveis 2003

As duas seleções enfrentaram-se pela última vez em janeiro deste ano, num encontro amigável em que os principais titulares de ambos os lados ficaram de fora. A Islândia venceu com um golo solitário de Arnor Traustason.