Dinamarca – Brasil (Jogos Olímpicos 2016)
A seleção brasileira chega à terceira jornada da fase de grupos numa posição delicada. Com apenas dois pontos conquistados frente a África do Sul e Iraque, a formação da casa quer vencer a líder Dinamarca e seguir para os quartos-de-final da competição. A seleção nórdica é a única equipa do grupo A que conseguiu vencer até à data, liderando a tabela com quatro pontos. As quatro equipas do grupo chegam a esta última jornada com aspirações quanto à passagem aos quartos-de-final.
A participação da Dinamarca no Torneio Olímpico de Futebol não gerava grande expectativa à partida. O conjunto nórdico garantiu o acesso aos Jogos Olímpicos depois de ter alcançado as meias-finais do campeonato da Europa de sub-21, mas viajou para o Rio de Janeiro sem as suas principais referências nesse torneio, optando por elaborar uma convocatória com vários jovens que ainda atuam no campeonato local. Na jornada inaugural empatou sem golos diante do Iraque, consequência de uma prestação que deixou algo a desejar. Já na segunda ronda, diante de uma equipa sul-africana que tinha deixado bons apontamentos no jogo com o Brasil, a Dinamarca superiorizou-se graças a um golo de Robert Skov e ascendeu ao primeiro lugar. O único golo marcado em 360 minutos de futebol no grupo A valeu a subida ao primeiro posto e permite encarar a última jornada em lugar de acesso aos quartos-de-final.
É certo que a equipa brasileira ainda não conseguiu vencer neste Torneio Olímpico de Futebol, mas a Dinamarca sabe que a seleção da casa é impreterivelmente favorita à vitória nesta terceira jornada. Os dinamarqueses apostarão numa estratégia mais defensiva, até porque é uma equipa que tem dificuldades em assumir o jogo e ainda por cima um empate beneficiaria as suas aspirações. O seleccionador Niels Frederiksen reconhece que o embate com o Brasil representa um embate totalmente diferente em relação às duas primeiras jornadas.
Onze Provável: Jeppe Hojbjerg, Edi Gomes, Jakob Blabjerg, Andreas Maxso, Pascal Gregor, Jens Jonsson, Frederik Borsting, Mikkel Desler, Lasse Vibe, Brock-Madsen, Emil Larsen
O Brasil está a passar por muitas dificuldades nesta fase de grupos do Torneio Olímpico de Futebol. Para uma equipa que assumiu uma candidatura à medalha de ouro, a seleção brasileira em estado abaixo das expectativas, tal como demonstram os dois empates sem golos frente a África do Sul e Iraque. Os pupilos de Rogério Micale estão a acusar a pressão de jogar em casa e carecem de uma identidade coletiva, factores que têm impedido a equipa de alcançar o sucesso. Excessivamente entregue a tentativas de desequilíbrio por mecanismos individuais, a seleção brasileira liderada por Neymar tem sentido muitas dificuldades em causar estragos nas defesas contrárias. Enquanto não conseguir vencer para aliviar a pressão que se abate sobre si, o Brasil dificilmente conseguirá melhorar em relação ao que tem feito e procurar jogar de forma mais apoiada, sem ceder aos ímpetos naturais que prejudicam a equipa como um todo.
A título de curiosidade, caso Brasil e Iraque obtenham o mesmo resultado nesta terceira ronda, as duas seleções ficarão empatadas em todos os critérios de desempante: Pontos, golos marcados, golos sofridos. Neste caso, seria necesssário recorrer a um sorteio coordenado pela FIFA com supervisão do Comité Olímpico Internacional para apurar a equipa apurada.
Onze Provável: Wéverton, Zeca, Rodrigo Caio, Marquinhos, Douglas Santos, Renato Augusto, Felipe Anderson, Thiago Maia, Neymar, Gabriel Barbosa, Gabriel Jesus
Os desempenhos menos bons nas duas primeiras rondas não retiram favoritismo à equipa brasileira. A “Canarinha” quer provar todo o valor que lhe é reconhecido, vencer a Dinamarca e garantir um lugar nos quartos-de-final do torneio. A menos que o Brasil se transcenda, o histórico de resultados das duas equipas neste grupo A indica-nos que poderá ser um jogo com um resultado nivelado, sem muitos golos.
