Benfica – Estoril (Taça de Portugal)
A segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal parece vir demasiado marcada pelos acontecimentos do primeiro encontro entre Estoril e Benfica, que no passado dia 28 de Fevereiro se encontraram no António Coimbra da Mota, no Estoril. Nessa partida, o Benfica saiu vencedor por 1-2, assumindo assim uma vantagem na eliminatória que parece bastante complicada de virar, dadas as circunstâncias. Mitroglou marcou primeiro o golo para os encarnados, com Kléber a conseguir, na transformação de uma grande penalidade, empatar o jogo ainda antes do intervalo. O mesmo Mitroglou, perto do final do encontro, acabou por dar a vitória ao Benfica e retirar algum do mistério que se poderia esperar para o encontro da segunda mão. O Estoril já mudou de treinador, estará agora melhor, mas a perspectiva de ter de vencer por dois golos de diferença na Luz parece quebrar qualquer possibilidade de sonho.
O Benfica, por sua vez, estará atento à necessidade de gerir o seu plantel, uns dias depois de ter empatado em casa com o FC Porto, num encontro que poderia ter decisivo na luta pelo título português. Os encarnados passaram esse teste com uma nota bastante positiva em termos exibicionais, mas não foram capazes de materializar um domínio que, em vários momentos do jogo, pareceu quase avassalador. Ainda assim, mantém apenas um ponto de vantagem sobre o adversário directo, o que obrigará a um cuidado permanente com aquilo que pode acontecer em cada jornada. Também por isso, a gestão do que se passará neste jogo torna-se ainda mais fulcral. O Benfica procurará chegar cedo ao golo, defendendo e aumentando a sua vantagem, de maneira a não permitir devaneios aos canarinhos.
Onze Provável: Éderson – André Almeida, Lisandro, Lindelof, Grimaldo – Samaris, Filipe Augusto – Carrillo, Rafa, Zivkovic – Mitroglou.
O Estoril buscará neste encontro alcançar o impossível, depois de ter regressado às vitórias na Liga NOS e, com esse resultado, afastado-se ligeiramente dos lugares da descida de divisão. A chegada de Pedro Emanuel à Amoreira permitiu uma reorganização do jogo da equipa, que tinha que voltar a ser mais sólida. O historial dos estorilistas ao longo da temporada criou estes espaços de indecisão, com Fabiano a ficar com o odioso de se apegar em demasia à luta pelos pontos e com Pedro Carmona a não se demonstrar capaz de gerir um grupo com valências, mas que precisava de uma orientação mais clara para não se desviar dos seus objectivos. Se aquilo que será pedido à equipa do Estoril neste encontro é uma vitória por 0-2, parece estar-se a falar de impossíveis. No entanto, marcar e conseguir gerir a situação para tentar o ataque à fortaleza encarnada mais tarde no encontro, poderá ser um objetivo manejável para os homens sob direcção de Pedro Emanuel. Assustar o adversário que é, claramente, o favorito, pode ser uma espécie de adeus simpático a uma boa prestação na Taça de Portugal.
Onze Provável: Moreira – Mano, Dankler, João Afonso, Joel – Mattheus, Diogo Amado – Mattheus Índio, Carlinhos, Licá – Kléber.
O Benfica venceu os dois jogos disputados frente ao Estoril, ambos no terreno do adversário.
Fundamental para o Benfica ser capaz de gerir a vantagem sobre os canarinhos, ainda que a vitória não seja essencial para conseguir o bilhete para a final do Jamor.
