Toronto FC – Seattle Sounders (MLS Cup)
A final da Major League Soccer repete, exatamente, o mesmo cenário e intervenientes da temporada passada. Toronto FC chega, este ano, como campeão da fase regular, enquanto os Seattle Sounders, segundos classificados na Conferência Oeste, já não beneficiam do estatuto de equipa foguete, tendo sido, ao longo da temporada, um conjunto mais maduro, adaptado e, sobretudo, coerente com os seus objetivos. Haverá sempre a tentação de reduzir o jogo da final aos génios de Giovinco e Lodeiro, dois dos jogadores mais dominantes da competição. Mas com dois conjuntos muito organizados defensivamente, poderá acabar por aparecer de outro território a decisão do jogo.
Os Toronto FC cumpriram uma temporada de sonho. Venceram a fase regular sendo, de longe, a equipa mais competente, muito devido a dois fatores. A uma equipa já bastante completa, foram adicionados uma superior qualidade defensiva, com Mavinga a brilhar como terceiro central, e a capacidade criativa de Victor Vazquez, que será, provavelmente, o melhor jogador que é a principal referência de uma equipa na MLS. Para além destas novidades, Giovinco continua a render a alto nível, enquanto jogadores como Altidore, Michael Bradley, Justin Morgan ou Drew Moor, oferecem experiência. Greg Vanney venceu, justamente, o prémio de treinador do ano, revelando-se pela forma como foi capaz de continuar a evoluir taticamente, num conjunto que, pela sua consistência, se superioriza aos adversários na MLS. Se dúvidas houvesse, entretanto, da adaptação da equipa ao formato do play off, que muitas vezes troca as contas às equipas que dominam as fases regulares, a equipa canadiana mostrou, uma vez mais, capacidade de afinação. Ainda que tendo tremido, em casa, frente aos New York Red Bulls, num jogo muito nervoso, consegue chegar ao encontro decisivo com a capacidade para vencer.
Onze Provável: Alex Bono – Eriq Zavaleta, Drew Moor, Chris Mavinga – Steven Beitashour, Victor Vazquez, Michael Bradley, Marky Delgado, Justin Morrow – Sebastian Giovinco, Jozy Altidore.
Os Seattle Sounders continuam a vagar uma onda inesperada quando, a meio da temporada passada, Brian Schmetzer substituiu Sigi Schmid, inicialmente apenas como técnico interino. A capacidade do técnico encontrar, no plantel, as soluções para oferecer uma dinâmica bastante mais viva e ofensiva, para além da chegada de Nicolas Lodeiro para liderar o processo ofensivo do conjunto, tornaram a equipa material de campeonato em 2016. Esta temporada, esperava-se uma quebra natural no rendimento, mas o técnico voltou a demonstrar, de novo, atributos, gerindo os seus ativos, “sobrevivendo” às lesões que afetaram a equipa e conseguindo manter-se sempre à tona, com uma fase regular dentro do esperado, terminando em segundo lugar da Conferência Oeste. Chegados ao play off, não houve dúvidas da superioridade frente a uns Vancouver Whitecaps e a outros Houston Dynamo incapazes de marcar um golo à equipa de Seattle. É essa solidez de quatro jogos sem sofrer golos no play off que chegará a Toronto, uma vez mais, sem nada a perder. Brad Evans e Ozzie Alonso, ambos ausentes por lesão, já foram bem substituídos numa equipa que vive das qualidades do guarda-redes Frei e do central Roman Torres, com Cristián Roldan, Clint Dempsey e Will Bruin a complementar o trabalho do seu craque uruguaio do meio-campo para a frente.
Onze Provável: Stefan Frei – Kelvin Leerdam, Roman Torres, Chad Marshall, Nouhou Tolo – Cristian Roldan, Gustav Svensson – Nicolas Lodeiro, Clint Dempsey, Joevin Jones – Will Bruin.
Em treze encontros disputados entre as duas equipas, as sete vitórias dos Seattle Sounders brilham como sinal de superioridade. Mesmo em casa, os Toronto só uma vez venceram este adversário, e já no longínquo ano de 2010.
Num jogo equilibrado e calculista, como habitualmente as finais são, a equipa de Toronto apresenta-se como favorita, mas terá que o comprovar em campo. A memória viva da final do ano passado, mostra como os Sounders podem acabar por renovar o título contra as expetativas.
