Son Heung Min nasceu há 22 anos, em Chuncheon, capital da província de Gagwon, na Coreia do Sul.

Quando o seu país organizou – conjuntamente com o Japão – o Campeonato do Mundo de 2002, estava à beira de cumprir a primeira década de existência.

Certamente seduzido pelo frenesim despertado pelo desporto rei no país durante aquele mês e até mesmo pela boa prestação da sua seleção, o bichinho pegou, apesar de ter visto o Brasil levantar o troféu.

Mais tarde, após integrar os reputados escalões de formação do FC Seoul, tornar-se-ia também um dos apanha-bolas ao serviço do clube, e tomaria Lee Chung-young como exemplo, jogador que posteriormente assinaria pelo Bolton Wanderers. Objetivo? Seguir-lhe os passos, e merecer oportunidade no apetecível futebol do Velho Continente.

Son Heung-min no Bayer Leverkusen

O Bayer Leverkusen percebeu a pérola que ali estava, e não a deixou fugir

A aventura do prodígio asiático no futebol ocidental teve início antes de Son atingir a maioridade, aos 16 anos, e assinou o seu primeiro contrato profissional no dia em que soprou as dezoito velas.

O histórico Hamburgo recrutou-o aos dezasseis anos, concedeu-lhe a hipótese de se estrear na Bundesliga, e até se tornou no jogador mais jovem a marcar pelo clube na prova, quebrando um recorde com quase 40 anos. Ultrapassou as lesões que complicaram nos primeiros tempos, começou a ganhar espaço e, consequentemente, a dar nas vistas. O Bayer Leverkusen não hesitou em garantir os serviços de Son, e colocou 10 milhões em cima da mesa para assegurar o seu concurso.

Na Alemanha, a carreira do jovem de 22 anos tem sido marcadamente de sucesso, e é já considerado um dos mais valorosos jovens a atuar no principal escalão. Aliás, no ano de 2010 foi mesmo considerado a Revelação do Ano daquele campeonato.

É internacional pela principal seleção da Coreia do Sul, num percurso que iniciou no escalão de sub-17, seguindo as pisadas do seu próprio progenitor.

Assim Joga

Son Heung-min define-se pela versatilidade.

Son Heung-min na Seleccão da Coreia do Sul

Depois de ter percorrido os vários escalões da formação, Son Heung-min é uma referência da Selecção A da Coreia do Sul

O melhor jogador coreano no ano de 2013 para a KFA – Korean Football Association – pode atuar em todas as posições na frente de ataque, mas é pela esquerda que mais vezes tem jogado. Dinâmico, desempenha uma função importantíssima no apoio ao ponta-de-lança, e é comum vê-lo efetuar trocas com o jogador que atua nas costas da referência do ataque. Não é, portanto, um extremo puro, é um jogador que goza de uma certa liberdade quando a equipa está em posse, e é comum vê-lo fletir para o meio. Ainda assim, por ser esquerdino, quando colocado no flanco referido, vê-se muitas vezes obrigado a jogar mais em profundidade, recorrendo ao cruzamento.

Destaca-se pelo sublime controlo do esférico que concilia com uma velocidade estonteante. Em termos técnicos, é considerado um dos melhores asiáticos de sempre, denotando excelente destreza no que diz respeito ao drible. Remata bem de meia distância, apresenta boa taxa de sucesso a nível do passe e, claro, não descura o trabalho sem bola, ou não fosse orientado por Roger Schmidt. A capacidade de trabalho de Son já foi alvo de elogio por parte de técnicos que tiveram oportunidade de trabalhar com o atleta coreano, algo com reflexo nas suas prestações.

Quanto às lacunas, as principais críticas que lhe são apontadas prendem-se com a falta de agressividade com que aborda alguns lances, sobretudo a nível do jogo aéreo. Psicologicamente não transparece fragilidades, passando a ideia de um jogador competitivo, e muito compenetrado nas suas funções dentro das quatro linhas.

Na Pista de Tscha Bum

Cha Bum-kun, mais conhecido como Tscha Bum, defendeu as cores do Bayer Leverkusen durante a década de oitenta e a sua passagem pelo clube não caiu no esquecimento dos adeptos, até pelos números bem ilustrativos das suas boas prestações.

Son Heung-min tem, portanto, uma pesada herança que recebe daquele que é o goleador máximo da história da selecção da Coreia do Sul, com 55 golos em 121 jogos realizados. Por agora, tem estado à altura do desafio enquanto enverga uma camisola que tem como principal patrocinador a LG, marca comercial da sua pátria. Juntando estes fatores à presença de Ryu Seung-woo (outro coreano) nas fileiras do clube germânico, não é de estranhar que a crescente popularidade do clube em terras coreanas tenha obrigado a uma passagem por Seoul na pré-temporada.

Boas Apostas!