Sevilla – Espanyol (La Liga)
É hora do Sevilla deixar os desaires das supertaças para trás das costas e arrancar com o pé direito em La Liga. Sampaoli diz que a equipa evoluiu muito mais rápido do que o esperado mas agora precisa de um bom resultado para reforço positivo. Quique Flores volta a Espanha para treinar o Espanyol e podemos esperar um conjunto muito bem estruturado, todo apoiado na defesa a e na experiência dos jogadores que foi buscar neste defeso.
O Sevilla perdeu ambas as supertaças. Sim, e então? Não se entende o drama. Até parece que era altamente provável outro desfecho. Sim, o Real Madrid (3-3, a. p.) foi para a Supertaça Europeia desfalcado dos seus elementos mais valiosos. Mas o Sevilla mudou de equipa técnica e perdeu uma mão cheia de jogadores que foram a espinha dorsal da equipa nas últimas temporadas. O capitão Koke seguiu para o Schalke 04, Krychowiak juntou-se a Unai Emery no PSG, Kevin Gameiro foi para o Atlético Madrid, Éver Banega para o Inter. São baixas de vulto. Aliás é uma realidade que se repete neste clube a cada virar de época. A necessidade de vender jogadores e reconstruir. Vai ser muito difícil competir com a imagem deixada pelo Sr. Liga Europa e sei que nestas coisas a memória só guarda os sucessos. Mas ele também sofreu com os altos e baixos, com os inícios de temporada complicados.
E que o Barcelona (0-2, 3-0) passeou o seu estilo nas duas mãos da Supertaça de Espanha? Não admira. Também desafio a que digam quais seriam as equipas capazes de travar a equipa que Enrique comanda há três temporadas, onde há alternativas a todas as posições e ainda conta com uma frente de ataque com Suárez, Messi e Turan.
O estilo de Jorge Sampaoli não é fácil nem conservador, isso é por demais conhecido. Mas pode dar resultados muito interessantes quando atingir o entrosamento necessário entre as várias peças. Pode não ser suficiente para desmontar os três gigantes de Espanha mas a todos os outros vai dar água pela barba.
O principal problema do treinador argentino são as lesões que afetam a defesa. Rami é o último a cair, juntando-se assim a Trémoulinas e Sergio Escudero. Para ajudar à crise Kolodziejczak e Carriço cumprem castigo. Krohn-Dehli e o guarda-redes David Soria completam a lista de lesionados.
Onze Provável: Sergio Rico – Diego González, Mercado, Mariano – Sarabia, Iborra, N’Zonzi, Konoplyanka – Vitolo, Ben Yedder, Vietto.
Quique Flores teve uma passagem de sucesso em Inglaterra mas não resistiu ao convite para voltar ao seu país para treinar um emblema histórico como o Espanyol. Quem o conhece sabe que pode esperar uma equipa muito bem alicerçada em preocupações defensivas. Mas outra característica se destaca nas contratações de pré-temporada: a média de idades dos reforços é de vinte e nove anos. Ou seja, Flores privilegia a experiência acumulada. Neste conjunto há um ou outro jogador com vinte e poucos – Andrés Prieto e Leo Batistão – mas o grosso das chegadas é de veteranos com grande rodagem. Casos de Martín Demichelis (35), Javi Fuego (32) e José Antonio Reyes (32). Este último terá um regresso emotivo ao Sánchez Pizjuán que, nas palavras do próprio, será sempre a sua casa e onde ainda há dias lhe fizeram uma festa de homenagem para despedida.
Onze Provável: Roberto – Javi López, Álvaro González, Óscar Duarte, Rúben Duarte – Hérnan Pérez, Victor Sánchez, Pape Diop, Piatti – Reyes, Batistão.
Espanyol | 1-0 | Sevilla |
Liga BBVA 15/16
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Sevilla | 2-0 | Espanyol |
Liga BBVA 15/16
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Nos últimos cinco confrontos entre os dois emblemas foi sempre a equipa da casa a levar a melhor.