Se a Bundesliga tem tido no Bayern Munique o seu grande dominador e no Borussia Dortmund e no Bayer Leverkusen os seus mais constantes perseguidores, existe um conjunto de equipas que se vai revezando no acesso à Liga dos Campeões. É a sonhar com esse quarto lugar que lhes tem ficado inacessível que o Schalke 04 se apresenta na temporada 2016/17, com o Wolfsburg, o Hertha Berlim e o Mainz a acompanhá-los nessa perseguição aos grandes.

Próxima estação: pódio

Breel Embolo Schalke 04

Embolo é uma das novidades no Schalke

O Schalke 04 nunca tinha estado sem terminar no pódio da Bundesliga por duas temporadas consecutivas nos últimos dez anos. Um sexto e um quinto lugar fizeram soar o alarme na estrutura do clube de Gelsenkirchen e procederam-se a alterações que visam retomar o bom costume de, a cada dois anos, um deles ser passado na Liga dos Campeões. O estatuto financeiro do Schalke 04, considerado um dos vinte clubes mais ricos do mundo, choca um pouco com a vertente desportiva, sem nunca ter vencido a Bundesliga e tendo apenas uma Taça UEFA como grande destaque do currículo. Markus Weinzierl, que esteve ligado aos sucessos do Augsburg nas recentes temporadas, tem a oportunidade da sua carreira, mas também a enorme responsabilidade de sentir que não pode falhar.

No campo, chegam também reforços que podem crescer na equipa de Gelsenkirchen. Aquele que chama mais a atenção é o suíço Breel Embolo, que depois de ter passado pelo Euro 2016, tem agora oportunidade numa grande liga. A sua evolução poderá ser simétrica à da equipa. A primeira experiência de Coke fora de Espanha será, também, feita com a camisola do Schalke 04, ainda que neste caso os títulos da Liga Europa o transformem num elemento de experiência acrescida. Já Baba Rahman tenta esquecer a má temporada em Chelsea voltando a trabalhar com o técnico que o lançou ao mais alto nível. A conjugação de juventude e experiência parece ser chave para atacar o objetivo da época.

Retomar a estrada do sucesso

Vieirinha Wolfsburg

Vieirinha, um campeão europeu na Alemanha

O Wolfsburg tem sofrido sempre bastante nos anos em que atua na Liga dos Campeões, tendo, nas duas vezes que isso aconteceu, terminado em 8º lugar na Bundesliga. Mas para a estrutura administrativa, confirmado o exemplo anterior, este ano servirá para retomar, o mais rapidamente possível, a estrada do sucesso. Dieter Hacking tem a presença nos quartos-de-final da liga milionária para apresentar como currículo e da equipa da temporada passada a saída significativa será a de André Schurrle para o Borussia Dortmund.

Todos os setores foram bem reforçados. Jeffrey Bruma para a defesa, Blaszczykowski, Brekalo e Gerhardt para o meio-campo, Borja Mayoral para a frente de ataque, aumentam bastante as opções de Hacking, que este ano não terá provas europeias que atrapalhem a subida à discussão do quarto lugar, posição que pode dar entrada na prova onde, ainda no ano passado, conseguiram brilhar intensamente. Vieirinha, agora campeão da Europa de seleções, também se mantém no plantel.

A oportunidade ali tão perto

Jose Rodriguez Mainz

José Rodriguez com a camisola do Mainz

O Hertha Berlim só esteve uma vez na Liga dos Campeões, em 1999/2000, mas poucos duvidarão que o percurso que tem vindo a fazer num passado recente tem como objetivo final regressar a esse nível. Pal Dardai mantém-se na frente da equipa, depois do 7º lugar alcançado no ano passado, e tendo conseguido segurar praticamente todos os jogadores mais importantes da temporada passada, só contratou ainda Ondrej Duda, médio-ofensivo que estava no Legia de Varsóvia e que brilhou no Euro 2016 com a camisola da seleção eslovaca.

Martin Schmidt levou o Mainz até ao sexto lugar e, embora esta pareça uma luta que não diz muito ao mais humilde dos clubes do topo da Bundesliga, a verdade é que a proximidade alimenta sempre o desejo de se conseguir algo mais. As saídas de Karius e Baumgartlinger podem ser um problema, mas houve capacidade de investimento para manter o plantel competitivo. Jhon Cordoba terá passado no exame e foi contratado em definitivo, enquanto Jean-Philippe Gbamin, José Rodriguez e Christian Clemens (outro que já atuou no clube na segunda metade da temporada passada) alargam alternativas com a sua juventude. A aposta para a baliza é o dinamarquês Jonas Lossi, que depois de ter jogado na Europa ao serviço do Guingamp, de França, poderá agora crescer num campeonato com proveito de ter grandes guarda-redes.

Boas Apostas!