Polónia – Dinamarca (Mundial 2018)
O Grupo E apresenta um dos mais interessantes quadros competitivos no acesso ao Mundial 2018. Com a Polónia a apresentar-se como principal favorito a assegurar o primeiro lugar, uma série de outras seleções posicionam-se com semelhante ambição. A mais forte delas será a Dinamarca, que visita o território polaco em busca de pontos. Mas também a Roménia, depois de ter estado no Euro 2016, pode sonhar com a possibilidade de regressar a um Mundial, enquanto Cazaquistão e Arménia lutam pela afirmação do seu futebol, com um Montenegro que, como foi visto em fases de qualificação anteriores, é capaz do melhor e do pior.
Confirmando-se o equilíbrio deste grupo, a Polónia terá começado da pior forma possível, não indo além de um empate na deslocação ao Cazaquistão. Mas pior do que ter trazido apenas um ponto foi mesmo a forma como o encontro decorreu. A equipa polaca vencia por duas bolas a zero ao intervalo, parecendo confirmar toda a sua superioridade. No entanto, ainda no quarto de hora inicial da partida permitiu que os cazaques empatassem e, a partir daí, não mais foi possível ver da Polónia a capacidade de resposta esperada. Para confirmar o seu favoritismo neste grupo, será preciso ver da equipa polaca a mesma capacidade demonstrada no Euro 2016, onde só caiu aos pés de Portugal, nos quartos-de-final, entendendo-se que o talento disponível pode mesmo levar esta seleção a ambicionar algumas conquistas. Salamon, titular no Cazaquistão, não está disponível para esta partida, devendo permitir o regresso de Pazdan ao centro da defesa.
Onze Provável: Fabianski – Piszczek, Glik, Pazdan, Rybus – Blaszczykowski, Krychowiak, Zielinski, Kaputska – Milik, Lewandowski.
Ao falhar o apuramento para o Euro 2016, a Dinamarca abriu porta a uma renovação da sua seleção nacional, vendo sair vários jogadores que já tinham atingido os trinta anos, bem como o seu treinador “de sempre”, com Morten Olsen a dar por terminada a sua carreira na seleção após quinze anos como treinador. Age Hareide não é um desconhecido nas andanças de seleções, tendo já orientado a Noruega durante cinco anos. Os resultados vão sendo positivos, com uma goleada ao Liechtenstein e uma vitória sobre a Arménia na jornada inaugural da fase de qualificação para o Mundial 2018. O primeiro teste a sério chega, no entanto, só agora, com uma deslocação ao terreno do principal favorito do grupo e, ao mesmo tempo, maior rival da Dinamarca na tentativa de garantir um bilhete para a Rússia. É essa equipa de cara lavada que quer demonstrar ter o potencial para voltar a levar os dinamarqueses a uma prova de grande reconhecimento. De notar apenas as ausências de Nicolaj Thomsen, lesionado, bem como de Daniel Wass e Martin Braithwaite, em relação às últimas convocatórias.
Onze Provável: Schmeichel – Kjaer, Christensen, Vestergaard – Ankersen, Hojbjerg, Kvist, Durmisi – Eriksen – Jorgensen, Fischer.
A única vez que as duas seleções se encontraram em jogos oficiais foi em 1977, na fase de qualificação para o Mundial de 1978. Nesse ano, a Polónia venceu os dois jogos. Deste então, vários encontros amigáveis permitiram proclamar um equilíbrio entre países que já tiveram momentos melhores e piores na cena internacional.
Neste momento, a vantagem do talento está do lado da Polónia, mas não será de desprezar as possibilidades de uma Dinamarca motivada a fazer um regresso a uma grande prova.