O Atlético de Madrid chegou à final e venceu por três golos sem resposta. A Liga Europa terminou com um jogo onde o pensamento e a identidade de um clube não permitiram sequer o aparecimento do seu concorrente em jogo. O Marselha tentou mostrar um pouco daquilo que é o seu futebol ofensivo, mas um erro bem cedo acabou por ditar-lhe a sorte.

Griezmann Atletico Madrid

Griezmann foi o homem da noite

Os primeiros vinte minutos deram um certo ar de equilíbrio entre os dois conjuntos, com Atlético e Marselha a conseguirem chegar perto da área adversária. No entanto, ao minuto 21, a diferença começou a construir-se. Tudo começa na primeira fase de construção do Marselha, com Mandanda, sob pressão, a fazer um passe com demasiada força para Zambo Anguissa. O médio centro não conseguiu controlar a bola, com Gabi a recuperar, nas suas costas, assistindo Griezmann para o golo. Marcador inaugurado e a sensação de que as coisas tinham ficado muito mais difíceis para o Marselha.

O Marselha tentava reagir de imediato, mas um problema maior haveria de surgir e deitar pelo chão boa parte das esperanças do conjunto francês. Dimitri Payet lesionou-se e aos 32 minutos acabou por ser substituído. A equipa francesa via sair o seu capitão e um dos seus jogadores mais influentes, perdendo uma das armas mais preparadas para influenciar a forma como chegaria a desequilibrar a defesa adversária. Também isso ajudará a explicar que, até ao intervalo, depois de sofrer o golo, o Marselha fez apenas um remate, quase no imediato, estancando a sua capacidade ofensiva.

Segunda parte de controlo e reação

A segunda parte abriu, praticamente, com novo golo do Atlético de Madrid, de novo Griezmann a não perdoar, quase que decidindo ali que seria ele o homem do jogo e os colchoneros levariam mais uma Taça para casa. Esta ideia de um Atlético de Madrid como um grande europeu é um verdade recente. Mas verdade, porque Diego Simeone instituiu, de facto, uma identidade, uma forma de jogar, que permitiu aos seus jogadores uma confiança nas ações que a colocam demasiado elevada para ser alcançada por conjuntos que experimentar atingir o seu nível.

O Marselha só nos últimos dez minutos conseguiu, finalmente, quebrar algum do predomínio do Atlético, chegando com mais regularidade à área adversária, arriscando o remate, criando dificuldades a Oblak. Era um último esforço do conjunto francês para, reduzindo a diferença, pode sentir-se capaz de lutar pela vitória. Mas as qualidades do Atlético de Madrid são genéricas. A solidez deste conjunto acabou por não se desfazer perante a ameaça, sendo que ainda conseguiu marcar mais um golo, por intermédio de Gabi, em cima do fim do encontro.

O resultado acaba como prova do que se passou em Lyon. Um Atlético de Madrid a saber sempre o que fazer, a não desperdiçar oportunidades de golo flagrantes nos momentos decisivos da partida, a ter ideias para gerir, sempre sem perder a noção de como marcar mais um golo. O Marselha teve uma oportunidade para abrir o marcador que não aproveitou, perdeu o seu melhor jogador, não teve nunca a solidez para fazer frente ao bloco espanhol. Ganhou o melhor.

Boas Apostas!