Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid voltam a ser os três candidatos destacados na corrida do título. Se o Barcelona conseguiu manter a sua espinha dorsal e se prepara para enfrentar a nova temporada com Luis Enrique a colocar novos desafios a um plantel que ganhou tudo e tem agora em Luis Suárez e Neymar novas armas para tentar recomeçar o seu caminho vitorioso, o Real Madrid parece mais forte do que nunca, com mais opções e maiores possibilidades de se expressar taticamente dentro do relvado. Campeão em título e também confrontado com a necessidade de remexer no seu onze, devido a saídas de alguns jogadores nucleares, o Atlético de Madrid de Diego Simeone não perdeu tempo para mostrar que se mantém ao nível dos melhores, “roubando” um empate no terreno do Real Madrid na primeira mão da Supertaça.

Luis Enrique

Luis Enrique reforça a filosofia culé

Com os dois grandes de Madrid a estrearem-se apenas na próxima segunda-feira, tendo pelo meio a segunda mão da Supertaça, olhamos para o seu maior rival nesta competição, o Barcelona, que começa em casa perante o Elche. As ideias de Luis Enrique passaram por dois testes que o ajudaram a reformular o seu aprendizado no Barcelona B. Em Roma, o jovem técnico aprendeu a lidar com a pressão dos resultados, enquanto em Vigo terá amadurecido princípios, criando uma equipa que cativou o olhar daqueles que seguem a Liga Espanhola. De volta ao banco culé, agora com a responsabilidade máxima, Luis Enrique é mais do que um homem da casa, é alguém que soube construir as suas próprias ideias. As contratações feitas pelo Barça revelam isso mesmo. Na temporada de 2014-15, o Barcelona não está mais refém da sua história recente. Tem opções no banco e capacidade de ler o jogo e intervir nele com o objetivo de vencer. Pode ser que alguns radicais do Cruyffismo se sintam desagradados com o que se seguirá. Mas nem o Barcelona começou com Cruyff, nem Luis Enrique é o tipo de homem que se prenda às expetativas dos outros.

Uma segunda linha cada vez mais forte

Rodrigo Valencia

Rodrigo em Valência para marcar

A Liga BBVA disputa o “título honorário” de maior campeonato da Europa com a Premier League. A medição mais real da qualidade dos torneios é feita no meio da tabela, numa disputa imaginária dos valores das equipas de segunda linha. Com a subida do Atlético ao trio de candidatos a campeões, Espanha ganhou um novo ator na corrida do título. Mas com Athletic Bilbao às portas da Liga dos Campeões e o Sevilla a crescer em importância e qualidade, é bom não esquecer que existe um grupo de equipas que irão disputar pontos mesmo aos mais fortes.

O Villarreal fez, no ano passado, um regresso em alta à Liga BBVA, sonhando até com uma presença na Liga dos Campeões. Marcelino manteve as suas principais figuras e não deixará de voltar a colocar-se entre os candidatos europeus. Tal como o Submarino Amarelo, também a Real Sociedad estará nessa posição de buscar um lugar ao sol.

Mas a grande novidade passará pelo “regresso” do Valência a um nível de competitividade superior. Com Nuno Espírito Santo a garantir um realismo tático que o defende de surpresas nos jogos com as equipas do seu campeonato, talvez acabe por encontrar maiores dificuldades quando, a jogar em casa, tenha que defrontar adversários do fundo da tabela. Mas com as chegadas de Otamendi, de Paul, André Gomes, Mustafi e Rodrigo, os valencianos terão um plantel com capacidade para voltar a ser o quarto ou quinto conjunto desta Liga.

Para começar a confirmar já a partir de sábado, com os valencianos a viajarem até Sevilla para a jornada inaugural.