O Senegal garantiu a presença nesta edição do Mundial de Basquetebol ao terminar em terceiro lugar no Afrobasket do ano passado. Os surpreendentes resultados dessa competição fazem com que a representação africana se possa tornar das mais humildes em Mundiais, já que apenas Angola parece carregar uma mínima esperança de competir por um lugar nos oitavos-de-final. Ainda assim, para a Seleção do Senegal, esta acaba por ser uma oportunidade de voltar a estar ao mais alto nível, naquela que será a sua quarta presença em Mundiais, depois de ter dito presente pela última vez em 2006.
Maleye Ndoye é um histórico do Senegal
Maleye Ndoye foi a grande figura da equipa no Afrobasket, revelando as suas qualidades de lançador de três pontos e uma qualidade técnica acima da média dos senegaleses. O atleta passou por Portugal em 2004-05, naquela que foi a sua primeira temporada como profissional e leva já uma longa bagagem na Liga Francesa, o que mostra bem o seu valor. Mouhammad Faye e Mouhamed Sene, ambos com experiência europeia, foram outros dois elementos essenciais. No entanto, para o Mundial, o Senegal recebe um reforço que virá oferecer um extra ao jogo interior desta seleção africana. Gorgui Dieng pode ter feito uma época cinzenta nos Timberwolves, mas oferece algum perfume de NBA a uma seleção que terá como ensejo conseguir escapar ao último lugar do seu grupo.
Sem grandes qualidades a demonstrar, o Senegal espera poder fazer uma carreira minimamente honrada neste seu regresso às lides do Mundial.
História
Quatro títulos africanos, o último deles em 1997, são o currículo de vitórias do Senegal. Com três presenças em Mundiais e outras tantas em Jogos Olímpicos, o período alto dos senegaleses está situado entre 1968 e 1980, intervalo que alberga praticamente quase todas as presenças e feitos das suas equipas. Depois disso, a presença no Mundial de 2006 surge como uma espécie de oásis no meio do deserto, num torneio onde Maleye Ndoye já era figura da equipa. O regresso à alta roda do basquetebol mundial servirá para oferecer um batismo ao seu atual craque NBA.
Figura
Um ano a ganhar músculo para Ndieng na NBA
Gorgui Dieng poderá estar prestes a roubar o palco ao jogador que durante uma década tem feito as delícias dos adeptos senegaleses. O jovem poste surgiu na NCAA, na equipa de Louisville, depois de ter sido descoberto no seu país natal e ter sido albergado nos Estados Unidos por uma família que tem cuidado da sua educação. Pela sua altura e pela capacidade de aprendizagem revelada ao longo da carreira universitária, a chegada à NBA no Draft de 2013 não foi uma surpresa. O seu primeiro ano não se revelou fácil. O trabalho físico que o tem ocupado, de forma a ganhar massa muscular, será essencial para lhe dar uma oportunidade de vir a ser um jogador relevante na maior Liga do mundo. Enquanto não o alcança, poderá dar uma alegria aos senegaleses, contribuindo para, pelo menos, uma vitória, neste Mundial.
Adversários
Será no último jogo da fase de grupos que Senegal e Filipinas deverão decidir quem se escapa ao último lugar no Grupo B. Em todas as restantes partidas, os senegaleses não parecem ter argumentos para chegar a uma vitória. Daí que o trabalho do técnico Cheikh Sarr seja, acima de tudo, manter elevado o espírito e a confiança de uma equipa até ao seu último dia de competição.
