Um conjunto sempre pronto a surpreender, a equipa da Nova Zelândia vive a sua melhor década de sempre, desde que, no ano 2000, se apresentaram pela primeira vez a competir nos Jogos Olímpicos. Tendo tido sempre a Austrália como adversário intransponível na Oceania, os neo-zelandeses fazem a sua evolução com jogadores que vão tendo a oportunidade de jogar no basquetebol universitário norte-americano e atravessam, daí, para carreiras na Europa. Steven Adams é o atleta mais reconhecido do país, depois de completar o seu primeiro ano na NBA ao serviço dos Oklahoma City Thunder, mas não marcará presença neste Mundial.

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A intensidade de Corey Webster

Com uma equipa neo-zelandesa a atuar na Liga Australiana, os melhores jogadores locais vão tendo cada vez mais oportunidades de ter uma rotina competitiva elevada. Depois de duas presenças nos oitavos-de-final, nos últimos dois Mundiais, a Nova Zelândia aposta em mais um brilharete. O equilíbrio do Grupo C permite-lhe sonhar. O técnico Nenad Vucinic, antigo internacional deste país depois de se ter formado no Partizan, beneficia de tempo para uma aturada preparação para este Mundial. Em desvantagem no jogo interior, por falta de verdadeiras referências com altura, a Nova Zelândia tem nos atiradores Kirk Penney, Corey Webster e Thomas Abercrombie as suas melhores apostas para brilhar nesta competição.

História

Eterno derrotado pela Austrália na luta pelo título da Oceania, onde conta com apenas três vitórias, entrou definitivamente na alta roda do basquetebol mundial a partir do ano 2000. Desde então, entre Jogos Olímpicos e Mundiais, disputou cinco torneios, com a repetida presença nos oitavos-de-finais de Mundiais (2006 e 2010) a destacar a Nova Zelândia como um conjunto capaz de perturbar as principais potências da modalidade.

Figura

Kirk_Penney

Penney é um verdadeiro tesouro para os All Blacks

Kirk Penney já brilhara na liga local antes de surgir no basquetebol universitário norte-americano, onde três épocas de qualidade em Wisconsin lhe valeram a oportunidade de jogar na NBA. Em 2003 começou a época com os Minnesota Timberwolves, mas nunca se conseguiu fixar na maior liga do mundo, onde teve uma última experiência em 2010-11 na pré-temporada dos San Antonio Spurs. Tem percorrido o mundo, entre a Nova Zelândia e diversas paragens na Europa. Espanha, Israel, Lituânia e Turquia são carimbos que tem no seu passaporte, sempre com a mesma imagem de marca: a de perigoso atirador que não pode beneficiar de um centímetro de espaço. É essa sua gula pelo cesto que Penney terá para oferecer no Mundial, algo que, na ausência de Steven Adams, o torna a maior ameaça para as equipas adversárias.

Adversários

Num grupo onde os Estados Unidos têm a vitória praticamente garantida, todas as outras posições poderão cair nas “mãos” das cinco equipas que restam. Com isso em mente, a Nova Zelândia terá que começar cedo a amealhar vitórias que lhe permitam terminar em posição de apuramento para os oitavos-de-final. Uma missão complicada e de elevada exigência. A sua história recente faz com que o neo-zelandeses acreditem nas suas possibilidades. Por parcas que sejam.