O Liverpool venceu este fim de semana, o que já não acontecia há cinco jornadas, na receção ao Tottenham. Ficou provado que com Sadio Mané os Reds são uma ameaça de calibre bem superior. O Burnley empatou com o Chelsea em casa. Um bom resultado. Mas quem viu sabe que soube a pouco: se houve uma equipa que merecia ter ganho o jogo era a comandada por Sean Dyche. O City vence e ascende ao segundo lugar, com Guardiola a rezar para que a lesão de Gabriel Jesus não seja séria.

Sadio Mané a revitalizar os Reds

Com Sadio Mané os adeptos do Liverpool podem-se voltar a empolgar

Com Sadio Mané os adeptos do Liverpool podem-se voltar a empolgar

Poucos acreditavam que o Liverpool pudesse levar a melhor da receção ao Tottenham, dada a forma desinspirada como a equipa se vinha a apresentar no novo ano. Foram cinco jornadas consecutivas da Premier League sem vitórias, que lhe custaram um trambolhão na tabela classificativa, de segundo para quinto. O mesmo é dizer, do mais forte candidato a discutir com o Chelsea o título inglês a mal segurar o lugar de aceso à Liga Europa. Ou talvez acreditassem. Porque a formação de Jurgen Klopp confirmou neste jogo todos os traços de personalidade que lhe identificamos. Ficou provado que a ida de Sadio Mané para a CAN e a quebra do Liverpool não foi coincidência. Há uma relação direta inegável. O camaronês pode ter falhado o momento decisivo ao serviço da seleção mas para os Reds de Klopp ele vale o peso em ouro. De facto, ele tem uma qualidade desequilibradora que mais ninguém no plantel do Liverpool consegue acrescentar. No sábado, frente aos Spurs, Mané decidiu o encontro marcando dois golos em dois minutos. Eficaz e descomplicado, o número dezanove do Liverpool explorou o facto de Ben Davies não ter pernas para o acompanhar.

Clarets mereciam mais

O Chelsea tropeçou em Turf Moor. Sem dramas porque a margem do líder é considerável e o mais direto perseguidor tinha perdido no dia anterior. Ainda assim, podia ter sido pior. Devia, se o futebol foi coisa de justiça. Pedro Rodríguez teve a felicidade de abrir o marcador logo aos sete minutos mas os Blues não fizeram mais nada na partida que justificasse regressar a casa com os três pontos. O Burnley lutou mais e teve sempre como propósito ganhar o jogo. Quem assistiu sabe que o ponto amealhado sabe a pouco, mesmo que do ponto de vista prático seja valiosíssimo. Robbie Brady, reforço de inverno pelo qual os Clarets pagaram quinze milhões de euros ao Norwich, estreou-se a titular e a marcar pela nova equipa. Uma entrada auspiciosa e que pode ajudar muito o Burnley a garantir a manutenção desafogada, sem precisar de angústias de última hora.

City vence mas perde Jesus para o resto da temporada

Os exames confirmaram uma fratura no pé do avançado brasileiro, o que implica dois a três meses de fora.

Os exames confirmaram uma fratura no pé do avançado brasileiro, o que implica dois a três meses de fora.

Estes foram as histórias em destaque da jornada vinte e cinco. Mas, como sempre, há uma ou outra narrativa secundária que merece ser sublinhada. O Manchester City foi vencer ao terreno do AFC Bournemouth, com um golo de Raheem Sterling e uma contribuiçãozinha de Tyrone Mings na própria baliza. Foi uma exibição q.b. dos Citizens que, ainda assim, cumpriu o objetivo. Com a derrota dos Spurs os azuis de Manchester ascenderam ao segundo lugar da classificação da Premier League, com cinquenta e dois pontos: mais dois que o Tottenham e a oito do Chelsea. Contudo, a deslocação ao Vitality Stadium ficou marcada pela lesão de Gabriel Jesus. O brasileiro teve que ser substituído aos quinze minutos. Pep Guardiola disse estar a rezar para que não seja grave mas os exames realizados apontam para uma fratura no pé que o pode afastar dos relvados entre dois a três meses. Uma desilusão para os Citizens. O jovem brasileiro não precisou de tempo algum para começar a ter impacto no City e Guardiola bem gostaria de contar com ele, tanto no campeonato como na Liga dos Campeões.

O Swansea City venceu o duelo do extremo oposto da tabela. Mais uma vez os Leicester City não mostrou garra ou argumentos para contrariar uma formação bem orientada e galvanizada pelas ideias de Paul Clement. Desta vez Sigurdsson não marcou – os marcadores de serviço foram Mawson e Olsson – mas foi do islandês a assistência para o segundo tempo. Os Swans distanciam-se da zona de despromoção e os Foxes estão cada vez mais aflitos.

Boas Apostas!