Mali – Costa do Marfim (Taça das Nações Africanas)
Malianos e marfinenses vão medir forças nos oitavos de final da Taça das Nações Africanas. Encontro equilibrado em perspetiva entre duas seleções que apresentam argumentos válidos para continuar em prova.
A seleção do Mali ainda não sabe o que é perder nesta Taça das Nações Africanas. Vencedora do grupo E com sete pontos conquistados em três jogos, a seleção maliana, presença habitual em fases finais da competição, estreou-se com uma vitória por quatro bolas a uma no embate com a frágil seleção da Mauritânia, congénere que, ainda assim, só perderia esse mesmo desafio. Já na segunda ronda, o Mali empatou a uma bola com a Tunísia, teoricamente a principal adversário no grupo E, ainda que tenha avançado apenas com três pontos na bagagem. Bastaram duas jornadas para a seleção maliana carimbar o passaporte para a fase seguinte e o seleccionador Mohamed Magassouba optou por promover oito alterações em relação ao encontro anterior, preservando a condição física das suas unidades habituais para o encontro dos oitavos de final. Apesar das mudanças, a seleção do Mali deu uma boa resposta e venceu Angola por um a zero, golo de Haidara ainda na primeira parte do desafio. Moussa Marega, jogador do Porto, só entrou a nove minutos do fim, ao passo que Sacko (Vitória Sport Clube) foi titular e Diaby (Sporting) não saiu do banco. O “desaguisado” entre o avançado Adama Niané e Diaby não terá afetado o grupo, pelo menos a julgar pelos desempenhos posteriores a esse acontecimento.
Antes daquele que à partida será o embate de mais exigência até à data nesta Taça das Nações Africanas, a seleção do Mali não tem ausências por lesão ou castigo a lamentar e o facto de vários habituais titulares terem ficado de fora do encontro com Angola também deve ser tido em consideração.
Onze Provável: Diarra, Hamari Traoré, Wagué, Fofana, Kone, Haidara, Samassekou, Adama Traoré, Coulibaly, Diaby, Marega
A seleção da Costa do Marfim lutou pelo acesso aos oitavos de final da Taça das Nações Africanas até à última jornada, carimbando o acesso com seis pontos. Após a vitória inaugural diante da África do Sul em que Jonathan Kodjia quebrou a resistência sul-africana, a seleção marfinense perdeu por uma bola a zero com a congénere de Marrocos, principal adversária que terminou o grupo na liderança com três vitórias e sem golos sofridos. Na derradeira jornada, a Costa do Marfim impôs-se à Namíbia – teoricamente a seleção mais frca do grupo – com uma goelada por quatro bolas a uma, tentos apontados por Max Gradel, Serey Dié, Wilfried Zaha e Maxwel Cornet. O potencial desta seleção em termos ofensivos é unanimemente reconhecido e, no encontro com a Namíbia, nem sequer foi a jogo aquela que foi uma das grandes revelações da última temporada, prometendo “agitar” o mercado de verão – Nicolas Pépé, jogador do Lille que estará “em trânsito” para o Liverpool.
A seleção da Costa do Marfim conquistou a Taça das Nações Africanas em 2015 e, olhando às soluções que tem, é uma forte candidata a chegar à decisão. As surpresas têm-se sucedido e a verdade é que se a Costa do Marfim passar esta eliminatória, o seu favoritismo ao triunfo final aumentará significativamente.
Onze Provável: Gbohouo, Bagayoko, Traoré, Kanon, Coulibaly, Kessié, Dié, Pepe, Gradel, Zaha, Kodjia
Adivinha-se um encontro equilibrado e com duas equipas munidas de boas unidades para o ataque. As odds colocam o favoritismo ao acesso do lado da Costa do Marfim.