Itália – Suécia (Euro 2016)

A selecção da Itália e a selecção da Suécia frente a frente esta sexta-feira no Stadium Municipal, em Toulouse, num embate a valer para a 2ª jornada do Grupo E do Euro 2016. Ainda que com pouco impacto ofensivo, o bom velho método italiano continua a funcionar, e prova disso foi a vitória frente à jovem formação belga, colocando-se assim no topo deste agrupamento. Já a Suécia chega aqui na ressaca de um empate contra a República da Irlanda, num jogo onde apesar de terem sido superiores durante grande parte do encontro, precisam de um desempenho superior de modo a derrotar os italianos.

A Itália alcançou esta fase final do Campeonato da Europa ao conseguir a liderança do Grupo H da fase de qualificação, constituído pela Croácia, Noruega, Bulgária, Azerbaijão e Malta, somando 24 pontos, fruto de 7 vitórias e 3 empates, com parciais de 16 golos marcados e 7 golos sofridos. Com 4 títulos de Campeã do Mundo e 1 Campeonato da Europa no seu palmarés, a camisola italiana é uma ameaça para qualquer equipa que se coloque no seu caminho, tendo uma enorme experiência neste tipo de competições, não falhando uma única edição do Europeu desde 1996. Os italianos ocupam assim o 1º lugar deste agrupamento com 3 pontos, fruto da vitória por 2-0 contra a Bélgica, última classificada, ficando a Suécia e República da Irlanda em 2º e 3º lugar, ambas com 1 ponto.

A Squadra Azzurra demonstrou o significado do jogo à italiana ao castigar a jovem selecção belga na primeira jornada do agrupamento, onde depois de perceberem que não tinham argumentos ofensivos para controlarem o jogo, fizeram aquilo que fazem melhor, desceram as linhas e aguentaram as investidas belgas, sempre com noção que precisam apenas de uma oportunidade para virar o jogo, oportunidade que veio aos 32 minutos e que Emanuele Giaccherini não desperdiçou. Os italianos congelaram o jogo e seguraram a vantagem, acrescentando mais um tento no final do encontro graças a Pellè. Importa destacar que grande parte da força desta Squadra Azzurra vem do seu sector defensivo, inteiramente composto pela defesa da Juventus, desde o guarda-redes Buffon aos defesas Chiellini, Bonucci e Barzagli, o que torna este num sector defensivo extremamente difícil de transpor.

Nos seus 5 jogos disputados desde o início do ano, sendo os 4 primeiros de cariz amigável, a Itália apresenta um histórico de 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Esta sequência de resultados iniciou-se com um empate por 1-1 na recepção à Espanha. Seguiu-se uma derrota por 4-1 em terreno da Alemanha, uma vitória por 1-0 na recepção à Escócia, uma vitória por 2-0 na recepção à Finlândia, e na última jornada, uma vitória por 2-0 com a Bélgica. Graziano Pellè está em dúvida para este jogo depois de sofrer uma pancada no última encontro, o que poderá permitir que Simone Zaza tenha aqui uma oportunidade.

Onze Provável: Buffon – Chiellini, Bonucci e Barzagli – Candreva, Parolo, Giaccherini, De Rossi e Sciglio – Immobile e Zaza.

A Suécia, por sua vez, para alcançar esta fase final do Campeonato da Europa teve um pouco mais de trabalho que este seu oponente em jogo, tendo começado por alinhar no Grupo G da fase de qualificação, constituído pela Áustria, Rússia, Montenegro, Liechtenstein e Moldávia, onde não conseguiram melhor que o 3º lugar com 18 pontos, fruto de 5 vitórias, 3 empates e 2 derrotas, com parciais de 21 golos marcados e 5 golos sofridos. Tendo então ficado como 3º classificado, os suecos disputaram o play-off contra a Dinamarca, o qual foram mais felizes que os dinamarqueses. Este conjunto Azul e Amarelo não falha nenhuma qualificação a este Campeonato da Europa desde 2000, no entanto, apenas uma vez conseguiu chegar às eliminatórias, tendo alcançado os quartos de final do Euro 2004, onde foram eliminados pela Holanda.

No partida contra a República da Irlanda, os suecos demonstraram grandes dificuldades, especialmente no processo ofensivo, esbarrando constantemente numa defesa irlandesa bem organizada. À passagem dos 48 minutos os homens da Escandinávia viram-se a perder por 1-0, contudo, rapidamente montaram um cerco momentâneo à baliza da República da Irlanda, e foi mesmo Ibrahimovic, que passou grande parte do jogo a vir buscar jogo, que cruzou a bola para a grande área e o irlandês Ciaran Clark cabeceou para dentro da baliza errada. Faltou critério na saída de bola para os suecos, e para um jogo frente a uma Itália super organizada, estes terão de mostrar em campo que sabem muito mais do que aquilo que mostraram no último jogo. Importa destacar que o jogador mais importante desta selecção é o gigante Zlatan Ibrahimovic, o 2º melhor marcador da fase de qualificação com 11 golos, e é capaz de desequilibrar e marcar um golo a qualquer momento.

Nos seus últimos 5 jogos, sendo os 4 primeiros de cariz amigável, a Suécia apresenta um histórico de 1 vitória, 3 empates e 1 derrota. Esta sequência de resultados iniciou-se com uma derrota por 2-1 em terreno da Turquia. Seguiu-se um empate por 1-1 na recepção à República Checa, um empate por 0-0 na recepção à Eslovénia, uma vitória por 3-0 na recepção ao País de Gales, e na última jornada, um empate por 1-1 com a República da Irlanda. Mikael Lustig está em dúvida para este jogo.

Onze Provável: Isaksson – Johansson, Lindelof, Granqvist e Olsson – Larsson, Kallstrom, Lewicki e Forsberg – Ibrahimovic e Guidetti.

Desde o início do Milénio que existiram apenas 4 confrontos directos, tendo a Itália vencido 3 e empatado o restante.

Itália	1-0	Suécia	Amigáveis 2009
Itália	1-1	Suécia	Euro 2004
Itália	2-1	Suécia	Euro 2000
Itália	1-0	Suécia	Amigáveis 2000

A selecção italiana mostrou-se muito sólida e organizada frente a uma equipa belga cheia de qualidade no processo ofensivo, contudo, terão também dificuldades em aguentar o gigante Zlatan Ibrahimovic. Os suecos chegam aqui a precisar destes 3 pontos, e irão enfrentar mais uma vez uma selecção que defende muito bem, pelo que precisão de uma melhorar reação ofensiva do que aquela que mostraram contra a República da Irlanda. Mais experiente e melhor organizada, a selecção italiana deverá conseguir levar novamente os 3 pontos, num jogo que se espera pouco aberto e com poucos golos.