Honduras – Argélia (Jogos Olímpicos 2016)
Em partida relativa ao Grupo D dos Jogos Olímpicos, do qual faz parte Portugal, que nesta primeira jornada defronta a Argentina, Honduras e Argélia vão defrontar-se no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Sendo que argentinos e portugueses são, naturalmente, considerados como favoritos para o apuramento, o resultado deste encontro pode ser fundamental para as aspirações de Honduras e Argélia, tendo em conta que a vantagem conquistada no arranque lhes poderá oferecer melhores perspetivas de surpreender um dos países com mais história na modalidade.
As Honduras são uma das surpresas nesta competição, conseguindo o apuramento na qualificação da CONCACAF e deixando para trás aquele que será o grande ausente do seu continente, o conjunto dos Estados Unidos da América. Na final da qualificação, os hondurenhos perderam para o México, mas o seu grande objetivo já estava alcançado e, no Brasil, têm disponíveis a generalidade dos jogadores que participaram no apuramento, o que deve ser considerado como um dado muito positivo, tendo em conta o contexto de outras seleções. O plantel às ordens de Jorge Luís Pinto, famoso pela carreira com a seleção da Costa Rica no último Mundial, é composto por dezasseis atletas a atua nas Honduras, com o defesa Johny Palacios e o avançado Romell Quioto, ambos do Olímpia, a serem os elementos com mais de 23 anos. A atuar fora do país, apenas dois elementos, ambos do ataque. Élder Torres, que atua no Real Monarchs, equipa dos escalões secundários do futebol dos Estados Unidos, e “Choco” Lozano, dos espanhóis do Tenerife. Nos dois jogos de preparação disputados antes desta prova, as Honduras empataram a dois golos com a Coreia do Sul, tendo sido goleados por três bolas a zero no confronto com a Colômbia. É de notar, no entanto, que as Honduras estiveram já presentes nos Jogos Olímpicos de 2012, tendo, na altura, atingido os quartos-de-final, sendo eliminados pelo Brasil.
Onze Provável: H. Fonseca – M. Pereira, J. Palacios, J. Paz – B. Ramirez, B. Acosta, A. Banegas, B. Garcia – A. Elis, R. Quioto – C. Lozano.
A Argélia garantiu o seu apuramento através do Taça das Nações Africanas de Sub-23, disputada no Senegal em dezembro passado. A equipa argelina foi vice-campeã africana, perdendo na final para a Nigéria, depois de vencer, na fase de grupos, o Mali e empatar com Egito e Nigéria. Na meia-final, ultrapassou a África do Sul. O técnico suíço Pierre-André Schurmann esperava poder contar com um plantel forte neste ataque aos Olímpicos, mas as regras da FIFA fizeram-no ficar sem três dos jogadores titulares na final da Taça das Nações Africanas, com especial destaque para o avançado Zinedine Ferhat, do Le Havre, compondo-se assim o grupo com 15 jogadores a atuar no campeonato argelino, um em Espanha, um em França e um no Qatar, até porque as chamadas de jogadores com mais de 23 anos também sofreram com a resistência dos clubes. Os elementos chamados foram, assim, o defesa Abdelghani Demmou, do MC Alger, o médio Sofiane Bendebka, do Hussein Dey, e o avançado Baghdad Bounedjah, do Al Sadd do Qatar. Os argelinos estiveram em Espanha a preparar os Jogos Olímpicos, registando empates com a equipa B do Valencia e o Granada. Com o técnico a ter que encontrar uma dinâmica para um conjunto com muitas alterações, a sua escolha para o primeiro jogo na prova pode estar condicionada.
Onze Provável: Salhi – Rebai, Kenniche, Demmou, Benguit – Draoui, Ait Atmane – Bentahar, Belkebla, Haddouche – Bounedjah.
Difícil apontar candidatos à vitória num jogo onde ambos os conjuntos chegam sem um grande referencial. A equipa hondurenha parece apresentar maiores dinâmicas coletivas, mas do lado dos argelinos estará, certamente, mais talento e mais alguma experiência competitiva. Caso o técnico Jorge Luís Pinto não esteja a criar mais um milagre na América Central, são os africanos quem partem com maiores perspetivas de vitória para este encontro.