FK Karabakh – Atlético de Madrid (Liga dos Campeões)
Cholo Simeone sabe bem que o Atlético de Madrid joga mais do que os três pontos na deslocação a Baku. Depois de cederem pontos em casa frente ao Chelsea os Colchoneros não podem voltar a perder terreno. Em teoria, a deslocação devia ser acessível, mas é de esperar que o FK Karabakh dê muita luta nos jogos em casa.
Há duas formas de encarar a situação do FK Karabakh. Ou cair neste grupo da morte, como se costuma dizer, foi um enorme azar ou uma sorte. A formação azeri é o elo mais fraco do agrupamento, por uma larga margem. Não por acaso, soma, até à data, duas derrotas nas primeiras jornadas. Mas ao mesmo tempo, há uma espécie de descompressão. Certamente, não haverá ninguém a cobrar bons resultados na Liga dos Campeões ao Karabakh.
O Grupo C é liderado pelo Chelsea, que soma seis pontos, seguido pela Roma, com quatro, Atlético, um e o FK Karabakh, ainda a zeros.
A visita a Stamford Bridge (6-0) há de ter sido dolorosa. Custa sempre uma goleada numa partida de sentido único, por mais que racionalmente entendamos a abismal diferença de recursos e ritmo competitivo. Mas na segunda jornada, na receção à AS Roma (1-2), a equipa azeri conseguiu competir e dar trabalho. Kostas Manolas e Edin Dzeko tinham o conjunto italiano a vencer por dois golos à passagem do primeiro quarto de hora, o que podiam antecipar novo descalabro. Mas houve reação e aos vinte e oito minutos Pedro Henrique reduziu e a margem mínima manteve os visitantes em sentido durante o resto do encontro.
Quarban Qurbanov está entusiasmo perante a perspetiva de jogar com os Colchoneros. Não há limitações no plantel.
Onze Provável: Sehic – Medvedev, Huseynov, Sadiqov, Agolli – Almeida, Qarayev – Pedro Henrique, Míchel, Madatov – Ndlovu.
O Atlético de Madrid não está a ter um início de temporada fulgurante mas Diego Simeone não é treinador para se deixar abalar. As expetativas são altas para uma equipa que nos habituou a disputar o pódio da Liga Espanhola e foi a duas das últimas quatro finais da Liga dos Campeões. Está na quarta posição do campeonato, com dezasseis pontos, um a menos que os rivais Merengues, e permanece invicta (4V/ 4E). Na Liga Milionária, os resultados deixam a desejar. Mesmo que El Cholo diga que empatou em Roma (0-0) quando merecia ganhar e que foi capaz de competir com o Chelsea (1-2) no Wanda Metropolitano até ao último minuto, continua a ser um ponto apenas ao fim das duas primeiras jornadas. Os jogos em casa seriam, forçosamente, para reforçar posição, não para ceder pontos.
Simeone sabe que o Atlético joga mais que os três pontos em Baku. A equipa precisa de recuperar terreno, aproveitando que Conte e Di Francesco se enfrentam nesta jornada.
Desde a derrota com os Blues o Atlético de Madrid não voltou a vencer uma partida. Empatou a zeros no terreno do Leganés e no fim de semana somou nova igualdade, desta feita na receção ao Barcelona (1-1). Foram os primeiros pontos cedidos pelos Culé na Liga esta época, portanto, acaba por ser um resultado importante.
Juanfran e Luciano Vietto ficaram em Madrid e é provável que Simeone proceda a alguma rotação no onze inicial, sem extravagâncias porque o compromisso europeu é decisivo. Quem está incluído na convocatória de vinte homens é Vrsalijko, finalmente recuperado de lesão. O argentino referiu mesmo os exemplos do Astana e Rostov, experiências em anos recentes dos Colchoneros, para lembrar que se estes clubes estão na fase de grupos da Liga dos Campeões têm o seu mérito e desvalorizá-los é um risco.
No domingo os Colchoneros vijam até Vigo, para defrontar o Celta.
Onze Provável: Oblak – Juanfran, Giménez, Godín, Filipe Luís – Koke, Gabi, Ñiguez, Ferreira-Carrasco – Correa, Griezmann.
Esta é a primeira vez que FK Karabakh e Atlético de Madrid se defrontam.
