Nesta jornada a meio da semana para acertos de calendário na Liga Inglesa o jogo grande era o dérbi de Manchester. O confronto, em atraso, entre as equipas de Guardiola e Mourinho devia esclarecer alguma coisa quanto ao top-4 mas ficou tudo exatamente na mesma. Para ambos o mais importante foi não cometer erros e não perder. O ponto mais emocionante foi mesmo a expulsão de Fellaini e a necessidade dos Red Devils fecharem ainda mais, sem perder a cabeça. Missão cumprida.

Guardiola e Mourinho dançaram uma espécie de dança consetida que resultou em impasse.

Guardiola e Mourinho dançaram uma espécie de dança consetida que resultou em impasse.

Durante esta última semana de abril houve jornada extra da Premier League para comodar alguns dos muitos jogos em atraso do campeonato. O maior sublinhado que se pode fazer a estes jogos é que não houve surpresas. Zero. Quem tinha que ganhar, ganhou. Chelsea e Tottenham reafirmaram as suas ambições e capacidade para atingir os Guardiola e Mourinho dançaram uma espécie de dança consetida que resultou em impasse.objetivos, sem fraquejar. O Arsenal passou por entre os pingos da chuva que neste caso tomaram a forma de um ressalto que deu autogolo de Robert Huth. Dos incidentes não rezam as contas finais e os Gunners somaram mais três pontos, regressando assim ao sexto posto.

Mas o jogo grande eram, sem contestação, o dérbi de Manchester. A formação de Pep Guardiola recebia no Etihad o rival, comandado por Mourinho. Com as duas equipas separadas por um ponto e a possibilidade de um vencedor ultrapassar o Liverpool, na terceira posição, havia muito em jogo. Mas as expetativas, pelo menos no que respeita a começar a dividir as águas quanto à ocupação dos lugares europeus, saíram goradas.

United jogou as cartas que tinha

O treinador português tinha assumido antes da partida que a prioridade do Manchester United ia para a meia-final da Liga Europa. São vinte e cinco por cento de chances de vencer a prova e por essa via aceder à Liga Milionária de forma direta. Além de proporcionar um troféu importante, coisa de que os adeptos de Old Trafford estão sequiosos. O plantel do United está muito desgastado e fragilizado por lesões importantes, com especial preocupação para o eixo da defesa: é preciso fazer escolhas.

City fez tudo mas não chegou

O Manchester City pode dedicar toda a sua atenção e recursos ao campeonato inglês e o plantel não apresenta baixas significativas. Competia-lhe assumir o encontro e foi o que fez. Não porque jogasse em casa, embora também acrescentasse responsabilidade, mas porque é essa a sua matriz. Mas o arranque foi algo confuso: as duas equipas estavam mais preocupadas em mostrar ao adversário que conheciam as ameaças e estavam preparadas para as anular. Kevin de Bruyne viu-se muito pouco. Nos primeiros quarenta e cinco minutos houve uma oportunidade clara para cada lado, ambas desperdiçadas.

O avançado brasileiro regressou à competição e até marcou, em posição irregular.

O avançado brasileiro regressou à competição e até marcou, em posição irregular.

Ao sair do balneário a equipa da casa parecia determinada em forçar mais a toada. O City dominava a posse de bola e instalava-se, numa espécie de carrossel no meio campo adversário. Mas era uma dança mais ou menos consentida. O United defendia em bloco esperando por oportunidades para lançar bolas longas para Rashford. A defesa dos Cityzens movimentava-se de forma inteligente, anulando o jovem avançado com foras de jogo.

A jogar contra dez, Guardiola arriscou e fez entrar Gabriel Jesus. O brasileiro marcou mal tocou na bola – em fora de jogo – aproveitando que o United ainda não tinha feito os ajustes necessários a defender dois avançados bastante móveis. Mas os Red Devils não repetiram o erro e o nulo manteve-se até ao apito final.

Pode alguém ser quem não é?

Mourinho diz que Fellaini sente que foi expulso por ser quem é. E tem toda a razão. O belga foi viu o vermelho porque não pensa. Acaba de ver uma amarelo por falta sobre Aguero e que faz no lance subsequente? Vai atrás do mesmo jogador, volta a travá-lo em falta e quando o argentino se dirige a ele, provocador, reage. É evidente que ambos deviam ter visto o amarelo, não apenas o médio do United. Mas o resultado seria o mesmo: vinha para a rua e deixava a equipa em desvantagem numérica. Goste-se ou não o que o avançado do City fez é comum. E se Fellaini fosse inteligente tinha-o deixado bater de cabeça no seu peito e o episódio seria só risível.

Boas Apostas!