CSKA Moscovo – Sporting CP (Liga dos Campeões)

Com uma vitória por 2-1, os Leões alcançaram uma vantagem mínima para a sua viagem até Moscovo. Longe de ser um resultado confortável, tendo aquilo que se passou no relvado de Alvalade, em termos de futebol, pode dizer-se que foi um bom resultado e aceitável para o valor das duas equipas. O Sporting saiu com razões de queixa da arbitragem, mas a equipa do CSKA teve o condão de se mostrar sempre muito contundente e arriscar o ataque em busca de um golo que parecia ser objetivo mínimo a alcançar em Lisboa. Da mesma forma, Jorge Jesus considera fundamental marcar em Moscovo, pelo que se espera que o Arena Khimki seja o palco de uma partida, em muitos pontos, semelhante à da primeira mão.

O CSKA Moscovo arriscou e pode dizer-se que petiscou em Alvalade. Contrariando as previsões que davam conta de um meio-campo mais reforçado para o confronto com os leões, o técnico Leonid Slutsky a deixar Natcho no banco e a preencher o meio-campo ofensivo, de maneira a manter, sempre, pressão sobre o Sporting. Esse facto valeu-lhe uma partida desenrolada olhos nos olhos, abrindo espaços numa linha defensiva que tem as suas fragilidades, mas sempre sabendo responder em condições de igualdade na transição rápida. As condições da partida modificaram-se, com o CSKA a estar obrigado a vencer a partida, mas a forma de abordar o problema deverá ser, para Slutsky, bastante semelhante. O técnico russo identificou os principais problemas que o Sporting lhe poderá causar. Carrillo e Slimani são muito difíceis de parar e, se para o caso do argelino, a dupla de centrais terá que continuar a recorrer a métodos mais arriscados (em Lisboa, poderia ter havido mais cartões e grandes penalidades contra os russos), no caso do peruano, a opção resta entre ter mais gente na frente ou mais gente no meio-campo defensivo. Com a necessidade a pedir golos, o CSKA deverá preocupar-se, primeiro, a chegar a eles. E só depois a defender eventuais vantagens.

Onze provável: Akinfeev – Mário Fernandes, V. Berezutski, Ignashevich, Nababkin – Wernbloom – Tosic, Eremenko, Dzagoev, Musa – Doumbia.

O Sporting viagem até à capital russa com uma vantagem mínima que, pelo que saiu da comparação entre as duas equipas, é uma demonstração cabal do equilíbrio existente. A capacidade de aceleração do CSKA, já mais lançado na nova temporada, acabou por fazer a diferença e aproximar os russos, em termos materiais, de um leão que parece ser mais forte, mas não tem a resistência física para o afirmar de forma contínua. Ainda. Jorge Jesus tem dois caminhos que pode seguir no encontro da segunda mão. Ou entra a pensar no golo, apertando a equipa do CSKA (um pouco à imagem do que os russos fizeram por cá) e, para tal, mantém o mesmo onze, ou, em alternativa, apresenta alguns cuidados na forma de preencher o meio-campo, coloca Aquilani próximo de Adrien Silva e João Mário um pouco mais adiantado, soltando Carrillo e Bryan Ruiz para se tornarem ainda mais imprevisíveis na forma de ocupar espaços. Fundamental, no entanto, será a velocidade com que a equipa efetuará as transições. Slimani vai ter mais espaço para explorar nas costas dos centrais russos, enquanto sem Jefferson, deverá haver menos centros para a área e mais procura de penetração em corrida, com Jonathan. No que isso resultará para a equipa do Sporting, é o que poderemos ver no início de noite de quarta-feira.

Onze provável: Rui Patrício – João Pereira, Paulo Oliveira, Naldo, Jonathan – Adrien, João Mário – Carrillo, Teo Gutierrez, Bryan Ruiz – Slimani.

Apemas dois confrontos na história entre as duas equipas, com uma vitória para cada lado. Se o Sporting passar esta eliminatória, vingará, em parte, o feito dos russos em Alvalade, onde conquistaram a Taça UEFA de 2005.

Sporting	2-1	CSKA Moskva	Liga dos Campeões [Qual] 15/16
CSKA Moskva	3-1	Sporting	UEFA 04/05

O CSKA deverá entrar forte nesta partida, mas o Sporting, com o poder de controlar a partida graças à vantagem que traz de Lisboa, mantém-se como principal favorito ao apuramento, por curtas que sejam as diferenças entre as duas equipas.