Camarões – Chile (Taça das Confederações)
No jogo que abrirá as hostilidades do Grupo B da Taça das Confederações, pode, desde já, começar a desenhar-se a tendência para o desenrolar do mesmo e, no final, dos apurados. À partida, a Alemanha seria encarada como principal favorita e dominadora deste Grupo, mas as opções tomadas por Joachim Low na convocatória abriram a porta a uma outra competitividade pelos dois primeiros lugares. A pensar nisso, Camarões e Chile têm a responsabilidade de entrar a vencer, se possível, para marcarem a sua posição no que toca à classificação.
Os Camarões podem dizer que em apenas alguns meses viajaram do fundo dos infernos para o um autêntico céu. No início de 2017, Hugo Broos lidava com uma recusa generalizada dos principais jogadores da sua selecção, que se auto-excluíra de disputar a Taça das Nações Africanas. Este facto atingiu claramente a capacidade dos Camarões irem a jogo com estabilidade nessa prova, mas depois de uma fase de grupos muito complicada, onde ficaram a dever a qualificação às grandes exibições do seu guarda-redes Fabrice Ondoa, nos jogos a eliminar a equipa de Hugo Broos demonstrou maior frieza, maior capacidade de se impor aos seus adversários e, no final de contas, até uma melhor capacidade de aguentar fisicamente a exigência da competição. Hugo Broos manteve-se fiel aos jogadores que lhe permitiram conquistar o título africano e é nessa condição que se apresenta na Rússia, alimentando expectativas de poder acercar-se de uma boa prestação neste Grupo. A lesão de Oyongo, lateral-esquerdo dos Montreal Impact, será o caso mais complicado de resolver, com Hugo Broos a nem sequer pedir um substituto e levando apenas 22 jogadores disponíveis.
Onze Provável: Ondoa – Mabouka, Ngadeu-Ngadjui, Teikeu, Fai – Djoum, Siani – Bassogog, Moukandjo, Zoua – També.
Para o Chile, a Taça das Confederações aparece como uma boa oportunidade de comprovar a sua capacidade, ao nível sul-americano, de se imporem perante as grandes potências. A conquista da Copa América colocou a equipa chilena nesta prova, e é perante esse facto que Brasil e Argentina se viram obrigados a rectificar as suas decisões e a transformar as lideranças para estarem, de novo, ao nível desejado para competir por títulos. 2017 será, desta forma, um ano em que o Chile se deverá fortalecer para, por um lado, tentar fazer o seu caminho no Mundial 2018 e, por outro, aproveitar os louros de uma conquista que não se prevê possa ser repetida nos próximos tempos. Para alimentar essa ideia de sucesso, é fundamental entrar a todo o gás na Taça das Confederações. Vencer os Camarões é o resultado necessário para colocar o Chile na disputa do primeiro lugar e Juan Antonio Pizzi deverá apresentar-se na máxima força para atacar o seu objectivo. Em comparação com competições recentes, as ausências de Valdívia, Esteban Paredes, Carmona e Orellana chamam a atenção, ainda que se compreendam pelo elevado número de opções no meio-campo e o aparecimento de jovens jogadores para a frente de ataque.
Onze Provável: Herrera – Isla, Medel, Jara, Beausejour – Aranguiz, Marcelo Diaz, Vidal – Fuenzalida, E. Vargas, A. Sanchez.
As duas selecções apenas se defrontaram uma vez na história, com um empate a uma bola na fase de grupos do Mundial 1998.
Num jogo que se espera muito disputado, a maior experiência competitiva dos chilenos serão uma arma poderosa para atacar uma vitória que, à partida, soa fundamental para quem quiser ser primeiro classificado no final do Grupo B.