Bélgica – México (Amigável de Seleções)
Bélgica e México, dois mundialistas em 2018, encontram-se esta sexta-feira em Bruxelas para uma partida de preparação com vista ao Mundial da Rússia. Depois de ambos terem dominado os respectivos grupos, caberá agora a cada equipa fazer a transposição para uma nova realidade competitiva, onde o mais provável é que acabem por não ser os favoritos dos seus grupos.
A Bélgica dominou o Grupo H da qualificação europeia, cedendo apenas um empate em dez jogos disputados. O seu grupo não teria grandes opositores, com a Grécia a terminar em segundo lugar, seguida de Bósnia-Herzegovina, Estónia, Chipre e Gibraltar, mas a capacidade de ser regular e manter-se um elevado índice de rendimento torna a Bélgica uma equipa dotada de possibilidades de chegar longe num Mundial. Ao mesmo tempo, o largo número de opções disponíveis para o treinador permitem aos belgas variar as suas equipas, experimentando diversas soluções e, acima de tudo, ir aguentando alguma fadiga ou lesões que possam surgir dentro do seu grupo. Tudo isto permite, sem dúvida alguma, à Bélgica, ser uma equipa a considerar entre as mais fortes no próximo Mundial. Nesta convocatória, Roberto Martínez chamou vários nomes que poderão vir a ser testados com vista a uma eventual oportunidade de entrar no lote dos 23. Ainda assim, há já um lote interessante de jovens, como Jordan Lukaku, como Youri Tielemans ou Adnan Januzaj que apresentam já alguma regularidade na equipa principal.
Onze Provável: Courtois – Meunier, Vertonghen, Vermaelen, Jordan Lukaku – Tielemans, Witsel – Mertens, De Bruyne, Hazard – Romelu Lukaku.
O México dominou a fase de grupos da CONCACAF e apenas o facto de se apurarem a maioria das equipas que participam nesta fase final foi permitindo alguma gestão e, daí, alguns resultados menos bons no final da contabilização. Como presença habitual em mundiais há muito tempo, a questão que se coloca a esta equipa mexicana não é, tanto, aquilo que ela poderá fazer num Mundial, mas sobretudo naquilo que esta equipa pode evoluir em termos globais, comparando-a com outras presenças. As únicas presenças em quartos-de-final aconteceram em edições disputadas no seu país, em 1970 e 1986, mostrando-se, por aí, o recorde que há a bater. É uma exigência grande a esta equipa, que solidamente consegue, em todas as edições desde 1994 passar a fase de grupos, mas o ponto necessário para dar um salto em termos evolutivos. Para Juan Carlos Osorio o foco estará, neste momento, em encontrar o melhor onze dentro de um lote de jogadores que já tem bem definido.
Onze Provável: Ochoa – Salcedo, Reyes, Moreno, Layún – Guardado, Herrera – Aquino, Giovani, Corona – Javier Hernandez.
As duas equipas não se defrontam desde o Mundial de 1998, quando empataram a dois golos na fase de grupos.
Num jogo onde o mais importante serão os testes a realizar e as conclusões que cada técnico poderá retirar daquilo que este jogo apresentar, o resultado final do encontro não soa tão importante. Mas, ao mesmo tempo, ambos os países sabem que uma vitória dá sempre outro sabor aos testes.
