Azerbaijão – Noruega (Mundial 2018)
Num grupo onde as possibilidades de Azerbaijão e Noruega poderem atingir o apuramento para o Mundial 2018 são praticamente inexistentes, ambas as equipas lutam por objetivos próprios durante esta campanha. A seleção do Azerbaijão já começou a vencer em San Marino e quererá somar o maior número de pontos possíveis frente a quatro adversários que lhe são bastante superiores. Já a Noruega, perante três seleções que marcaram presença no Euro 2016, tentará valorizar a sua posição no ranking, terminando em segundo ou terceiro lugar. Missão complicada.
O Azerbaijão tem evoluído no panorama europeu, sobretudo, à custa dos seus clubes, que vão elevando o nível do futebol jogado e permitindo outro tipo de competição aos seus melhores jogadores. Com presenças mais regulares na Liga Europa, é claro que a sua seleção pode apresentar jogadores mais experientes, para lá do facto que, jogar no Azerbaijão, foi sempre uma missão complicada para as seleções estrangeiras. Olhando para a convocatória da seleção azeri, percebe-se como a maioria dos jogadores atua em clubes cujos nomes já não são ilustres desconhecidos, como o Gabala, o Qarabag ou o Inter Baku. A saída de jogadores para o estrangeiro também começa a ter efeito, ainda que, nesse pontos, haja a considerar um pormenor importante. Por exemplo, Aghayev, guarda-redes do Boavista, baixou o seu salário para poder jogar em Portugal. Isto significa que, localmente, os jogadores beneficiam da boa saúde financeira dos donos dos clubes e poderão não ter tanta ambição para emigrar. Ainda assim, com o crescimento do nível de jogo, pelo menos nas equipas de topo, será de esperar que o Azerbaijão possa conseguir alguns resultados a caminho de uma evolução desejada. Os médios Elvin Mammadov e Afran Ismaylov são as duas ausências mais notadas em comparação com a última convocatória.
Onze Provável: Aghayev – Mirzabekov, Medvedev, Sadiqov, Dasdemirov – Qarayev – Eddy Israfilov, Nazarov, Emirquliyev, Qurbanov – Ramazanov.
A Noruega teve o seu período áureo entre 1994 e 2000, não mais tendo voltado a disputar uma grande prova do futebol europeu ou mundial. No entanto, na última edição do Euro 2016 terminou em terceiro lugar do seu grupo, atrás de Itália e Croácia, perdendo no playoff, mas ficando bem perto de voltar a mostrar-se ao nível mais alto. É esse o caminho que a federação norueguesa quer continuar a fazer, ainda que perante Alemanha, República Checa e Irlanda do Norte tenha uma caminhada muito complicada nesta fase de qualificação. Tendo começado perante a Alemanha, a derrota por 0-3 pesa, sobretudo se pensarmos que antes, em jogos de preparação, já somava derrotas frente à Bielorrússia e a Bélgica. Ou seja, trata-se de um momento de fronteira para um conjunto de jogadores que, individualmente, já estão espalhados por grandes campeonatos, na Alemanha, Inglaterra, sobretudo, mas também Itália, França, Holanda… Conseguir trazer essa experiência e qualidade para o grupo da seleção e encontrar um estilo de jogo que lhes permita voltar a estar ao nível dos melhores é um trabalho para se fazer nas próximas épocas. As ausências de Eikrem e Abdellaoue pesam, ao mesmo tempo que o meio-campo se viu afetado pela saída de Valon Berisha para representar a seleção do Kosovo.
Onze Provável: Jarstein – Svensson, Hovland, Nordtveit, Aleesami – Tettey – Elyounoussi, Henriksen, Johansen, Diomandé – King.
Entre as duas seleções, os jogos têm vindo a ser de um equilíbrio crescente, com uma vitória por 1-0 para a Noruega e um empate a zero na fase de qualificação para o Euro 2016.
Este parece ser o cenário perfeito para o Azerbaijão conseguir um bom resultado, sendo que, não estando a Noruega na sua máxima força, e fora, poderemos pensar que o empate será o resultado mais provável.
